Total de visualizações de página
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Entrevista exclusiva com os Stiff Little Fingers.
Essa entrevista com o Stiff Little Fingers foi feita alguns dias antes do show em São Paulo. E foi publicada originalmente na revista "Comando Rock", edição 79 ! Quem respondeu as minhas questões foi Mr.Jake Burns....
Que lembranças você têm do show que fizeram aqui em São Paulo, no começo dos 2000?
A principal é o quanto ás pessoas foram amigáveis conosco. Obviamente foi uma experiência muito interessante ter tocado no Brasil, ainda mais porque nunca havíamos tocado por aí. Nós não tínhamos idéia se as pessoas nos conheciam ou não, mas quando subimos no palco nos deparamos com uma platéia muito animada e amigável, foi fantástico.
Naquele show o baixista era o Bruce Foxton (ex-The Jam). Algum motivo especial para ele deixar a banda, depois de estar tanto tempo com vocês ?
Bruce não queria fazer tantas tours quanto gostaríamos e queríamos, então ele preferiu sair. Nós lamentamos muito sua saída, afinal de contas, além de ser um músico fantástico, ele esteve conosco por mais de quinze anos. Então quem o substituir teria uma grande responsabilidade.
E, por outro lado, a banda ganhou com o retorno do baixista Ali McMordie, da formação original!
Sim, como eu disse, qualquer um que entrasse teria que assumir uma grande responsabilidade e Ali seria o único que poderia faze-lo, sem contar que todos nós queríamos ele, foi tudo muito mais fácil. No entanto, desde quando ele nos deixou, antes da entrada de Bruce, ele construiu e consolidou uma carreira excelente como gerente de turnê, então eu não poderia pedir para ele deixar essa carreira. Nós conversamos e ele queria muito tocar conosco, continuar as turnês e tudo, mas ele tinha compromissos que não podia simplesmente deixar de lado. Então, nós concordamos que os dois trabalhos não poderiam se chocar e caso ocorresse, que marcaríamos em outras datas para podermos seguir assim. Até agora não havia acontecido isso, e tocaríamos na América do Norte e América do Sul, mas infelizmente agora aconteceu e ele não poderá sair nesta turnê conosco, mas eu falei com meu amigo Mark DeRosa da banda Dummy, para entrar no lugar de Ali e eu tenho certeza que você irão recebe-lo muito bem.
Com mais de trinta anos de carreira, o S.L.F é uma das bandas mais respeitadas e influentes da primeira geração do Punk Rock. Em algum momento vocês pensaram que chegariam tão longe, e com tamanha popularidade?
Nunca, de forma alguma. Quando nós começamos, como a maioria das bandas eu acho, nós pensávamos que seria algo divertido para fazermos no nosso tempo livre. Sempre pensávamos em tocar, gravar um disco fazer uma ou duas turnês talvez, mas nunca imaginamos que teríamos uma carreira tão longa. Nós tivemos muita sorte pelo nosso público (em sua maioria torcedores de futebol) sempre ter nos apoiado e dado todo o suporte que precisamos ao longo de todos esse anos, essas pessoas falavam do SLF como sendo banda deles e continuaram conosco, nos apoiando. Eu estava folhando uma revista e nela tinha uma matéria sobre nós dizendo que éramos “a banda do povo”, acredito que esse é um dos motivos pelo qual o nosso público continuou com a gente, eles sempre souberam e perceberam que nós somos iguais a eles, nunca fomos estrelas ou metidos a astros do rock.
É verdade que a idéia e inspiração de montar o Stiff Little Fingers veio depois de assistirem um show do The Clash, em Belfast?
Não. Nós já éramos grandes fãs do Clash, eles sempre foram a nossa principal influência, mas nós já havíamos formado a banda antes de assistir a um show deles.
Vocês fizeram uma homenagem ao Joe Strummer, alguns anos atrás, na música “Strummerville”. Ele faz muita falta hoje em dia, tanto como músico ou como pessoa, com sua morte tão prematura. Um dos grandes talentos da história da música...
Sim, como eu disse, nós sempre fomos fãs do Clash e eles eram uma grande influência. Quando Joe morreu muitos veículos de comunicação (tv, rádio, revistas) me convidaram para falar o que eu pensava dele, quanto mais eu falava sobre ele mais eu pensava que deveria escrever meus sentimentos sobre ele e fazer uma música, e foi o que fiz. Foi muito fácil escrever a música porque ele nos influenciou tanto, não só na forma que tocamos mas também no modo como levamos nossas vidas.
Um ponto em comum entre as duas bandas também é a influência da música Reggae. Como surgiu o interesse do S.L.F pelo estilo jamaicano?
Foi muito fácil de se interessar já que tem ótimas canções. Os compositores jamaicanos pareciam ter vidas parecidas com as nossas, crescendo cercados de violência (normalmente inspirados politicamente) e tinham que lidar com isso diariamente. Houve muitas semelhanças, que tornaram esse tipo de som algo muito irresistível para nós.
É verdade que o U2 começou a carreira abrindo alguns dos seus shows, ainda em Belfast? Eles costumam mencionar o S.L.F como uma das grandes influências da banda..
Não. O U2 nunca nem tocou no mesmo show que nós, ou vice versa. Eles tem a gentileza de dizer que nós fomos uma das influências deles para começarem a banda e até mesmo no som, todos nós nos conhecíamos, fazíamos parte da mesma coisa mas, não os vejo ou falo com eles há um bom tempo. No entanto eles continuam sendo uma grande banda.
Uma pessoa que ajudou no início da carreira do grupo foi o lendário radialista John Peel - que tinha um programa muito popular, na rádio BBC de Londres - um dos primeiros a tocar uma música do SLF no rádio. Qual foi a importância dele na história da banda?
Eu diria que John Peel foi crucial para nós mas, não apenas para nós, e sim para muitas bandas dos anos 60 em diante. Na verdade eu diria que John Peel foi á figura mais importante no rock britânico desde os anos 60 até a sua morte prematura há alguns anos atrás.
O S.L.F já teve muitas músicas/versões gravadas por diversas bandas. Qual é sua versão favorita, dentre tantas?
Na verdade, minha favorita é de uma banda sul americana. O Attaque 77 é uma banda da Argentina, e gravou a nossa música “Listen”, eu achei que a versão deles ficou muito boa.
O que você pensa sobre bandas de Punk Rock americanas que tem forte influência de música irlandesa como, por exemplo, os Swingin’Utters, Dropkick Murphys, Floggin Mollyn e muitas outras?
Obviamente em sua grande maioria essas bandas são influenciadas pelo The Pogues. Eu gosto do que elas fazem mas, me parece um pouco estranho que essas bandas não sejam de fato irlandesas, ainda que toquem música inspirada nesse estilo mas, elas não são de lá de fato.
Parece que exitem planos do S.L.F para um novo álbum, certo? Alguma previsão de lançamento?
Eu ainda estou escrevendo as letras mas, estamos próximos de finalizar as composições da forma que gostaríamos. Esperamos entrar em estúdio até o começo do ano que vem, eu odiaria ver outro ano se passar sem lançarmos um disco.
O que os fãs podem esperar ? Talvez algo mais na linha antiga, dos primeiros discos?
Não posso dizer até terminarmos. Eu penso que o nosso último álbum Guitar & Drum (2004) soou mais como nossas coisas antigas, mas hoje nós tocamos bem melhor do que antigamente e nós não podemos mudar isso, não se pode simplesmente desaprender e nós não queremos que isso aconteça também. Acredito que nunca soamos tão bem ao vivo, quanto hoje em dia, então acho que o novo álbum irá soar como: “o novo álbum”.
Mudando de assunto, como você analisa os recentes conflitos em Belfast?
Triste. A grande maioria das pessoas que moravam lá se mudaram. E estão tentando construir e consertar as pontes entre as comunidades. Outros simplesmente não vão deixar o passado e esses devem viver nele. Eu ainda acho que o passado virá em forma de violência.
O S.L.F sempre teve uma preocupação com o tema de suas letras. Você acredita que a música ainda é uma forma de tentar mudar algo, seja ela em um nível mais político ou pessoal, por exemplo?
Nós não podemos mudar o mundo com uma canção, ninguém pode. Mas você pode fazer uma pessoa pensar sobre a forma como age e se comporta. Você pode fazer alguns questionamentos sobre suas opiniões, sobre alguns assuntos e fazer a pessoa pensar o que é certou ou não. Basicamente isso sempre foi o que quisemos fazer e atingir, e espero que tenhamos conseguido.
E quais são suas expectativas para o show aqui em São Paulo? Alguma surpresa no setlist?
Nós sempre tentamos tocar músicas de todos os períodos da banda, mas tendo dito isso, nós fazemos isso a tanto tempo que é difícil decidir o que pode e deve ou não ficar de fora. Vocês irão ouvir aquilo que mais marcou a nossa carreira.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
The Violators "Summer Of '81"
'Summer of 81'
There's blood on the street
And the smell is so sweet
'Cos another blue bastard has gone down
See the boots swarmimg round his head
They're gonna see him dead
Nightstick in his hand
He tried to rule this land
That's no way to make a country great
It takes more, more than force
You've got to give it a voice
So it's goodnight to one more fascist clown
We've got a right, you can't keep us quiet
We've got a riot, we've got a riot
This is our answer to your law!
Don't shed no tears for him
His life was lived in sin
No one has the right to order you
Don't be told what life is about
Brixton riot riot
Toxteth riot riot
Bristol riot riot
Moss Side riot riot
England riot riot
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Entrevista: Adolescents.
Os Adolescents tem um papel muito importante na história do Punk americano. Seus integrantes sempre estiveram envolvidos com bandas marcantes para a cena, antes e depois dos Adolescents. E, musicalmente, a banda estava sempre um passo a frente das demais. Basta ouvir o seu fantástico primeiro álbum, de 1981, onde fica claro que já eram ótimos músicos, apesar de serem ainda muito jovens, criando canções com estruturas muito diferentes para os padrões musicais do punk rock americano até então. A banda marcou época e virou referência no cenário, sendo influência para centenas de outras posteriores.
As vésperas do primeiro show no Brasil, em uma entrevista exclusiva, o vocalista Tony Cadena e o baixista Steve Soto falaram um pouco da sua longa carreira, da cena californiana nos anos ‘80, da relação sempre conturbada com o ex-guitarrista Rikk Agnew. E as expectativas para o primeiro show no Brasil junto com os Buzzcocks! Ah, essa entrevista foi publicada na revista "Comando Rock", edição 72, poucas semanas antes do primeiro show dos caras em São Paulo, no ano passado. Apesar do tempo, penso que ela continua atual e relevante em muitos pontos e tópicos !!
Como está sendo o ano para os Adolescents?
Tony: Todo dia é um grande dia.
Steve: Um grande ano. Até agora temos feito grandes shows com antigos amigos como o Bad Religion, Youth Brigade, Agent Orange e The Dickies. E alguns novos amigos como o Rancid e Pennywise. Fizemos um novo álbum, temos novos tênis... Um bom ano para nós, e nós finalmente iremos tocar no Brasil com o Buzzcocks!
Vocês estão lançando também o novo álbum, The Fatest Kid Alive. Vocês podem nos contar um pouco sobre o mesmo?
Tony: São no total 14 novas canções. É um outro grande álbum.
Steve: É rápido e é alto. Em breve será mais fácil de roubar...
Desde o retorno oficial vocês não pararam mais de tocar. Qual a diferença agora para os outros tempos?
Tony: Nós tocamos na América do Norte, Europa e Ásia. Em breve, tocaremos na América do Sul para milhares de pessoas ao invés de tocar na garagem da minha mãe em Anaheim para oito pessoas e meu cachorro.
Steve: A cachorra foi nossa primeira fã até começarmos a ficar famosos. Ela nos deixou para procurar música mais underground. Logo que chegamos às rádios, a cachorra começou a latir “traição”... Sério. Acho que a diferença agora é que as coisas no passado que causaram os desvios na banda como o abuso de substâncias, problemas pessoais, etc, ficaram todas para o final do dia. Tony e eu decidimos que a banda era mais importante do que qualquer membro e que se alguém fosse prejudicial à banda, este deveria ser substituído.
As constantes mudanças na formação não atrapalham demais? Ou possuem outras alternativas para isso não ser mais um grande problema? (parece que a banda tem outros músicos quando os principais não podem sair em turnês)
Tony: Isso nunca foi um problema para mim ou para o Steve. Embora deva ser um problema para outra pessoa, que deixou a banda.
Steve: Nunca foi um problema. A banda toca melhor do que nunca e a grande coisa é que os caras que não estavam na formação original eram grandes fãs da banda. Então eles são tão apaixonados pela música como Tony e eu.
Rikk Agnew (um dos fundadores do Adolescents) esteve no Brasil fazendo alguns shows recentemente. Mantém contato com ele hoje em dia?
Tony: Rikk, bem, ele não é um membro fundador dos Adolescents. Steve, Franco ( Frank Agnew ) e eu somos membros fundadores. Rikk juntou-se cerca de oito meses mais tarde como o nosso baterista. Ele não tocava muito bem. Então ele se mudou para a guitarra. Ah, sim, com certeza! Temos um relacionamento: Somos amigos no Facebook.
Steve: Eu conheci Rikk e Tony quando eu estava no Agent Orange. Quando eu saí da banda, eu já estava pensando em começar uma nova com o Tony. Eu perguntei ao Rikk se ele estava interessado, ele disse que não. Ele estava em uma banda chamada The Detours. “Mas você deve perguntar ao meu irmão mais novo” sugeriu Rikk. E foi o que fizemos, e assim Franco veio a bordo da primeira formação dos Adolescents, construíram as bases para o que estava por vir. Estávamos fazendo melhores shows e nos estabelecendo em Los Angeles e Orange County tendo um desempenho melhor do que o The Detours (que consistia em Rikk e Casey – futuro baterista dos Adolescents - e mais alguns caras). De qualquer maneira Rikk se juntou a banda porque estávamos melhores do que sua antiga banda. Ele trouxe grandes canções também! Mas como o Tony disse, já tínhamos mais de oito meses de formação. E sim! Somos grandes amigos no Facebook!
Ele inclusive esteve no retorno da banda, chegando a participar da gravação do dvd em 2003 (na conceituada casa House of Blues). Alguma razão especial para ele não estar mais com vocês? (Parece que rola uma relação de amor/ódio entre os Adolescents/Rikk Agnew. O músico quando esteve aqui também criticou seus antigos companheiros de banda).
Tony: Rikk não está mais na banda porque eu o despedi. Ou o Steve o despediu. Ou nós dois fizemos isto. Nada pessoal. Você pode muito bem entrar em contato com ele e levá-lo de volta ao Brasil. Ele talvez aceite.
Steve: Primeiramente, Rikk não esteve nos Adolescents nos últimos sete anos. Nós o amamos, mas a situação chegou ao ponto no qual Rikk não aparecia mais nos shows. Nós apreciamos nossos fãs e não sentimos que eles merecem alguém assim. Nos anos que se passaram, nós continuamos a tocar nossas músicas por toda a América do Norte, Europa e Japão. A banda avançou e eu percebi que nunca estivemos no Brasil. Nós devemos continuar a seguir em frente e nos adaptar a essas questões. São sete anos que se passaram, então para nós é tudo passado.
Falando ainda no Rikk, a família Agnew sempre foi importante nos Adolescents. Frank (irmão do Rikk), Alfie (irmão mais novo dos dois) e Frank Agnew Jr (filho do Frank) estão/ou já passaram pela banda!
Tony: Os Agnews viveram praticamente na mesma casa que nós. Eles eram a escolha lógica para as substituições na base da banda. Eles também são quatro fantásticos guitarristas. Enfim, eles sempre são bem-vindos a juntar-se conosco quando bem entenderem.
Steve: O Frank não gosta de viajar, mas sempre toca em shows conosco no sul da Califórnia.
O baterista Derek O’Brien ( que também tocou com o Social Distortion/Agent Orange/D.I/ Generators ) esteve um bom tempo nos Adolescents. Qual a razão da saída dele?
Tony: Derek? Vamos falar dele antes de discutir sobre o Casey? (risos). Derek estava com a banda por sete longos anos. Ele deixou a banda porque eu o demiti, ou o Steve o demitiu, ou nós dois fizemos isto.
Steve: O que podemos dizer sobre um cara que foi demitido da maioria das bandas as quais ele tocou?
Tony: Eu diria que anunciaríamos “contratamos bateristas” nos classificados.
Alguns integrantes dos Adolescents formaram outras bandas nos anos '80, e que também são importantíssimas para a cena americana como o D.I, Christian Death, ADZ, Abandoned,entre outras...
Tony: Bem, incrível não? Nós todos tocamos música por grande parte de nossas vidas. E nós todos temos muitos amigos na cena local de música. Eu acho muito interessante que tenhamos nos focado nos anos 80 e não nos 90. Nós temos sido muito proféticos o tempo todo. Steve, Rikk, Casey, Frank e eu gravamos no total 15 álbuns cada um separados dos Adolescents ( D.I, projetos solos de Rikk, do Steve, o ADZ, Joyride, Flower Leperds, 22 Jacks, Legal Weapon, Abandoned, Christian Death, Poop...)
E ainda Steve, Frank e Rikk fizeram parte de duas outras bandas que são ícones do Punk americano, e antes do Adolescents ser formado: Agent Orange e Social Distortion! Vocês podem falar algo sobre esse período?
Tony: Eu estava na platéia. Peguei o microfone deles e tentei ser o cantor. Não funcionou muito bem.
Steve: Eu comecei o Agent Orange com o Mike Palm e o Scott Miller. Foi a minha primeira banda. Mike queria ser o único compositor e eu tinha canções que eu havia escrito mais não podíamos toca-las. Assim, não estava funcionando para mim. No final, acabou funcionando melhor para ambos. Eu comecei o Adolescents com o Tony e fui capaz de escrever as canções também. Eu amo ver que Mike ainda toca. Nos acabamos de tocar juntos em uma turnê dupla do Adolescents com o Agent Orange e foi ótimo vê-lo novamente. Nós vivemos em cidade diferentes, mas eu amo quando eu tenho a chance de rever meu amigo. Agent Orange é uma grande banda e eu me sinto orgulhoso de ter feito parte da mesma.
A cena californiana era grande quando vocês começaram, com bandas excelentes como Black Flag, Bad Religion, TSOL, Agent Orange, Dead Kennedys, Social Distortion, Circle Jerks, 7 Seconds, Youth Brigade e tantas outras! Como era a atmosfera dos shows nessa época? Quais os clubes mais legais para show nesses tempos?
Steve: Na verdade, a cena não era tão grande quando nós começamos. Não havia o Bad Religion, ou o Youth Brigade ou o TSOL. Essas bandas vieram um pouco depois de nós. No começo, a cena era pequena em LA. Nós vivíamos nos subúrbios e não era “legal”. Mas o punk começou a fazer sentido aos entediados adolescentes e assim a cena foi crescendo. Todas as crianças agitadas começaram a tocar em festas caseiras para um punhado de pessoas e no final, estavam tocando para platéias de três mil punks.
Tony: Grandes bandas, ótimos shows. A atmosfera? Cheirava a cerveja choca, cigarros e sexo. Quase como é hoje.
Rolava uma camaradagem entre as bandas ou algum tipo de “competição” mesmo? Que bandas vocês curtiam ou costumavam tocar juntos?
Tony: Competição? Com certeza. Ninguém vai concordar com isso, mas sempre houve em um nível amigável. Nós todos amamos as outras bandas.
Steve: Minha banda favorita, pessoalmente falando, era o Circle Jerks. Nós tocamos muito com eles, eu estava em todos os shows da banda. Mas todas as bandas eram ótimas. Bad Religion, Social Distortion e todos nós apoiamos umas as outras. Mas claro, havia uma competição natural também.
O que vocês acharam do documentário “American Hardcore”? Através dele dá pra ter uma idéia próxima do que era realmente o Punk nos Estados Unidos, nos anos ’80?
Tony: Acho que Paul Rachman e Steve Blush fizeram um grande trabalho.
E qual a real importância de fanzines como a Maximum RocknRoll e Flipside para a cena Punk americana na opinião de vocês?
Tony: Eu estarei sempre em dívida com Al Kowlewski e Tim Yohannon (editores de ambos os fanzines) pela paixão deles e amor pelo rock n’roll na Califórnia.
Steve: Os fanzines eram fantásticos e também ajudaram a ensinar sobre as bandas fora da Califórnia como Husker Du, The Replacements, Bad Brains, etc.
O primeiro lp dos Adolescents é um verdadeiro clássico do Punk; ainda muito forte e atual, e até hoje vendendo muito bem! E vocês eram muito jovens quando gravaram ele também... Em algum momento perceberam que estavam criando um disco tão marcante e influente dentro da cena?
Tony: Com certeza. Nós pensávamos que íamos ser a maior banda que Anaheim e Fullerton iria ver. A maior banda que sairia de uma garagem na Syracuse Avenue.
Steve: Eu realmente apenas queria que a cachorra do Tony gostasse de nós. Mas sério, nós sempre fomos muito apaixonados por nossa banda. Mesmo sendo desaprovada no começo e se encontrando muito distante do mainstream. Eu me lembro do pai do Rikk e do Frank sempre nos dizendo para sermos mais comerciais, se quiséssemos nos tornar bem sucedidos. Sinto-me muito feliz de nós não termos dados ouvidos a ele. Fizemos o CD que queríamos fazer com nenhuma idéia de onde este nos levaria. No verão passado em turnê, Tony e eu fomos ao telhado do nosso hotel no qual tínhamos um vista para um vinícola na Croácia e começamos a gargalhar de tão incrível que é ver o mundo após nosso começo como banda punk, onde todos falavam que iríamos falhar.
Qual é a verdadeira estória por trás da letra de “Kids Of The Black Hole” (canção presente no primeiro álbum)?
Tony: O “Black Hole” (buraco negro) era um apartamento do Mike Ness (Social Distortion). Foi lá que nós desperdiçamos todo o nosso ano.
Steve: 1700 E. Wilshire Avenue, Fullerton, CA. Jogue esse endereço no Google Maps, faça um tour por satélite. A canção é a história. Cada palavra de nossa verdade. Essa era nossa vida em 1980.
Muitas bandas já fizeram covers de vocês, como o NOFX e Dropkick Murphys, por exemplo. Que versões curtiram feitas por outras bandas?
Tony: Eu sou muito lisonjeado por cada banda que toca nossas canções. Essa é a coisa mais legal no mundo. Eu realmente amo NOFX, Fu Manchu, Mudhoney, Dropkick Murphys, D.I, Rikk e o que cada um desses que eu citei fez com nossas canções. Eles são fantásticos. É ótimo ouvir outras vozes em nossas canções.
E as expectativas de tocar em um país pela primeira vez, no caso o Brasil?
Tony: Bom. É sempre excitante tocar para um público o qual nunca tocamos antes. Apesar do “jet lag” e da fadiga, há apreensão, stress e excitação. É uma montanha russa emocional. Eu sempre quis vir ao Brasil.Será incrível!
Steve: Muitos de nossos amigos já tocaram no Brasil e todos não tiveram nada mais do que apreço pela cena musical. Nós estamos muito excitados pelo que vai vir.
O show vai rolar com os Buzzcocks, outra lenda do Punk. Vocês curtem o som deles ou de outras bandas inglesas?
Tony: Eu amo os Buzzcocks. Eles são minha banda favorita. Outra banda inglesa... Eu gosto dos Kinks, bastante. Os Beatles, eles têm algumas boas canções também.
Steve: Estou muito feliz em tocar com o Buzzcocks. Gosto muito também, em relação às bandas inglesas do The Damned, SLF, Sham 69, Generation X e especialmente do The Clash.
Com 30 anos na estrada, tem alguma coisa que ainda que não foi conquistada por vocês?
Tony: Nenhum de nós mudou de sexo.
Steve: Ainda não, mas não descartamos a hipótese.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Entrevista: Cock Sparrer.
A entrevista com o vocalista Colin McFaull rolou umas 4 semanas antes do Cock Sparrer se apresentar por aqui, e pela primeira vez. E também saiu na edição 78/agosto da revista "Comando Rock", que pode ser encontrada nas bancas ainda. Foi uma tremenda honra entrevistar os caras, fiquei realmente feliz com a oportunidade! Lembro quando era bem moleque ainda e escutei Cock Sparrer pela primeira vez, foi um choque e tanto!! Virei fã da banda e ainda hoje, depois de tanto tempo, está entre minhas bandas favoritas de sempre !!!
- São quase 40 anos de carreira completados, uma marca nada fácil para uma banda de Punk Rock! Qual é a motivação para seguirem em frente ainda, depois de tantos anos de estrada?
- Nós adoramos tocar ao vivo, conhecer novos lugares ao redor do mundo e poder ouvir todo mundo cantando nossas músicas. Não tem sensação melhor do que estar no palco e ouvir uma multidão cantando “England Belongs To Me”, seja no Reino Unido, Suécia, Alemanha ou Estados Unidos, esperamos que seja assim no Brasil.
- E outra coisa muito interessante, e rara também, é que são praticamente os mesmos caras que começaram a banda, e que estão até hoje juntos...
- Sim, isso é bem incomum. O Cock Sparrer na verdade é uma grande família, nós crescemos juntos. Nos conhecemos na escola aos 14 anos, e Daryl ( um dos guitarristas ) me lembrou este mês que no ano que vem ele completa 20 anos de banda, então ele também não é mais um garotinho.
- Vocês passaram pelo auge, e também por momentos difíceis, com a música Punk/Oi! na Inglaterra. A violência e a política extrema prejudicaram muito ambas as cenas, nas décadas de ‘70/’80?
- Houve alguns dias, durante os anos ’80, que foram ruins e difíceis, mas eu fico bem feliz ao saber que esses dias se foram há muito tempo.
E agora as coisas parecem mais calmas, com as pessoas indo para os shows apenas para ouvir a música e se divertir, como deve ser...
- Quando nós criamos o Cock Sparrer, queríamos só tocar com o coração e dá o sangue todas as noites, ficar bêbados com o público e mandar todo para casa com um sorriso no rosto. Ficamos muito agradecidos que hoje as pessoas que vão aos shows querem apenas se divertir, ouvir e curtir as músicas e voltar parar casa felizes. Nosso público é uma mistura entre skins e punks de todas as idades, gêneros e tamanhos que só querem ter uma noite legal.
- Amigos que viram vocês ao vivo dizem que é uma verdadeira celebração o show, com um clima de diversão/emoção o tempo todo...
- Se é isso que elas dizem, então nós atingimos alguns objetivos que nós colocamos ao longo desses quarenta anos.
- E agora, pela primeira vez, tocam no Brasil! Finalmente! Quais são as expectativas para o show aqui?
- Finalmente nós vamos tocar no Brasil. Demorou um pouco, mas estamos muito felizes e ansiosos para o show em São Paulo, será nosso primeiro show no Brasil, e será ótimo. Uma festa grande e barulhenta.
- O Brasil tem uma participação interessante na história da banda, já que contou com um brasileiro em sua formação nos anos ‘80.
- Chris era um brasileiro bem magro com um afro gigantesco quando nos conhecemos. O inglês dele não era tão bom e para nos comunicarmos era um pouco difícil. Estávamos procurando por um guitarrista base e Chris respondeu o anúncio. Então éramos quatro londrinos e um brasileiro louco pronto para começar a gravar “Shock Troops”. Poucas pessoas entenderam o por que dá nossa escolha, mas nós sabíamos que ele encaixaria perfeitamente, e durante o tempo que Chris esteve com a banda foi um período muito bom, rimos muito juntos.
- Alguma chance de encontrarem o Chris Skepis aqui? Talvez uma participação dele no show?
- Isso não seria legal?
- Vocês tiveram muitas de suas canções gravadas, tributos, por diversas bandas em estilos variados também, ao longo desses anos. Quais versões chamaram mais atênção?
- Sempre ficamos lisonjeados quando outras bandas fazem cover de nossas músicas e isso, quando apropriado, é um grande tributo. Grupos famosos como Dropkick Murphys ou Agnostic Front gravaram “Working” e “England”, porém achamos um vídeo surpreendente no Youtube de alguém tocando uma versão de “Because You’re Young” com um banjo sozinho no quarto.
- Fora dos palcos, quais são suas ocupações e hobbys, no dia a dia?
- Todos da banda ainda têm empregos apropriados para pagar as contas e as hipotecas, e é por isso que não saímos em turnê o tempo todo. A maioria de nós tem filhos, e que nos deixaram bem ocupados durante os anos, por exemplo. Tivemos que assistir as partidas de futebol todo sábado e domingo com eles e na medida que cresceram não nos deixaram muito tempo para hobbies. A minha sorte é que vivo em Londres e aqui sempre tem show e bandas que quero ver e, além disso, tem a loucura de ser um torcedor do West Ham que é o suficiente para me manter ocupado.
- Ainda vão ao estádio apoiar o West Ham United, então?
- Claro! Uma vez que isso está no nosso sangue é impossível ignorar. Eu tenho ido para o Boleyn Ground (nome oficial do Upton Park ) desde os sete anos e nesse longo tempo já tive muita dor de cabeça e também alguns momentos felizes, contudo é impossível desistir disso. É como o melhor e o pior tipo de vício. Ano passado eu não consegui ir tanto quanto queria por causa de todos os shows que tivemos que fazer, mas nessa temporada será diferente, mesmo que estejamos no campeonato da segunda. Poderíamos ganhar alguns jogos este ano, quem sabe?
- Falando ainda em futebol, que sei que é uma paixão de vocês, como analisam o atual futebol inglês? A liga inglesa tem muitos jogadores estrangeiros, e seus clubes sendo vendidos para magnatas russos, por exemplo. Isso é positivo ou negativo para o futebol inglês, no final?
- O advento do dinheiro para a Premiership ( elite do futebol inglês ) mudou definitivamente o futebol inglês para o pior. Certamente, você está vendo os melhores jogadores na liga, mas a que custo? A maioria dos clubes, com poucas exceções, estão perto da falência e não têm a renda para pagar os altos salários dos jogadores e é por isso que os preços dos ingressos têm crescido a cada temporada. Não é mais o jogo do homem que trabalha, é tudo sobre como manter as empresas e patrocinadores felizes. Alguns clubes estão abandonando suas equipes mais jovens por não poderem dar o suporte necessário, de forma que há poucos novos jogadores ingleses bons. O maior problema para mim é que não há mais lealdade dos jogadores. Quando algum deles veste a camisa do West Ham, independente de onde eles vêm, eles devem usá-la com orgulho e correr até cair. Infelizmente, esse não é o caso, pois um monte de jogadores e seus agentes olham apenas para o próximo dia de pagamento e não dão a mínima para os seus fãs.
- E vocês continuam curtindo as mesmas bandas que influenciaram no início de carreira? Alguma coisa “nova” chamou a atenção nesses últimos tempos?
- Eu ouço várias coisas diferentes, algumas novas e outras antigas. Isso depende do meu humor e de quantas cervejas bebi. A cena na Inglaterra está positiva neste momento com várias bandas novas aparecendo. Em agosto, tocamos no Rebellion Festival em Blackpool, que teve mais de duzentas bandas tocando durante quatro dias, boa parte delas eram banda no início da carreira. É bom ver que esses novos grupos têm a oportunidade de tocar em lugares como esse, algo que nunca tivemos quando começamos. Tenho escutado bastante a The Jons, que meu filho Tom e o filho do Burgue, Jack, tocam. Eles estão no processo de escrita e gravação para o primeiro álbum, então a casa fica cheia das músicas do The Jons a cada minuto.
- O último álbum da banda foi produzido pelo Lars Frederiksen, do Rancid. Como foi feito o contato entre vocês? E o que acharam do resultado final?
- Lars é um bom amigo da banda e ficamos felizes quando ele se ofereceu para nos ajudar em “Here We Stand”. O plano era ter ele no estúdio produzindo com a gente, porém compromissos apareceram no meio do caminho e tivemos que terminar as gravações e enviar para ele, que mixou depois nos EUA. Foi muito bom ter pela primeira vez uma influência de fora em um de nossos álbuns e ele realmente trouxe algo diferente, ele afiou um pouco mais o nosso som, que talvez tenha faltado nos outros álbuns. Ficamos satisfeitos com a colaboração do Lars e também com o resultado disso.
- O selo atual do Cock Sparrer na Inglaterra é a Captain Oi!, correto? É fácil trabalhar com um cara como o Mark Brennan, outro veterano da música punk inglesa? ( Mark foi baixista da clássica banda The Business, além de ser dono do lendário selo Link Records, nos anos ’80, e atualmente da gravadora Captain Oi! )
- Mark Brennan é uma lenda, que fez tanto para a cena do Reino Unido e Europa. Para nós, que foi tão dificil no passado, é ótimo poder trabalhar com uma pessoa como Mark, podemos confiar plenamente nele e sabemos que ele tem nossos melhores interesses no coração. Ao longo dos anos temos construído lentamente pelo mundo afora uma família estendida do Cock Sparrer, com gravadoras como a Captain Oi! no Reino Unido e a Pirates Press nos EUA, que cuidam da banda. Também tem os produtores e organizadores que conseguem agendar nossas apresentações. Acreditamos que todos devem ser tratados de forma justa, já que nos ajudaram a alcançar o que temos agora.
- E tem o livro “Best Set In The House”, contando a história da banda, e que foi escrito pelo baterista Steve Bruce. Todos na banda ajudaram nessa obra também?
- Não, o Steve fez tudo sozinho. Ele disse que queria fazer sua história, não necessariamente com a banda. Dessa forma, o livro não é uma biografia “oficial”, mas sim suas memórias e lembranças. Ele não nos deixou ver antes de ser publicado porque sabia que todos nós iríamos ter lembranças, histórias e situações diferentes e se cada um fosse participar disso, não teria fim! É um livro bem legal, é realmente uma boa leitura com recordações que eu já tinha esquecido.
- Planos para um novo álbum ? Alguma comemoração especial para os 40 de carreira que estão chegando?
- Tiramos os primeiros três meses de férias para escrever algumas coisas novas e ver como isso iria ficar. Certamente, se as músicas ficarem boas o suficiente, nós gostaríamos de gravar um novo álbum para o nosso quadragésimo aniversário, veremos o andamento...Nós não lançaremos um novo álbum por causa disso, ele tem que ser melhor do que o “Here We Stand”. O plano é ir para o estúdio assim que voltarmos do Brasil e gravar alguns sons para ver se vai funcionar e depois, quem sabe? Já estamos planejando algumas apresentações para o próximo ano, com um ou dois especiais, então fiquem ligados!
- Falta alguma coisa ainda para o Cock Sparrer conquistar?
- Ganhar na loteria, marcar o gol da vitória no final da taça, Charlize Theron, tocar no Brasil (Ah...agora estamos fazendo isso...Bons Dias!)
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Entrevista com o zineiro Job "Katz" Fernando !
Quem é Job Fernando, conhecido principalmente como “Katz”?
Katz é a forma como o Job Fernando gosta de ser chamado. Aos 28 anos, esta criatura segue expressando suas impressões em relação ao que o toca. Mais que nunca, isto o agrada.
Sempre inquieto, o Katz encontrou nas artes uma forma de seguir adiante. Neste mundo formado absolutamente por realidades relativas, este logo trata de criar seus mundos e habitar-los como refúgio e salvação para a angustiante sensação de que sua própria existência pode devorar-lo. De forma incansável, o pobre então trava sua árdua “guerra de mundos”.
Pois é, são expressões simples acerca de impressões complexas que movem o velho Katz. Buscando algo mais, este então passa boa parte de seu tempo escrevendo e desenhando e cortando-colando e ouvindo música. Ah, me lembrei: o Katz sou eu! (risos)
Quando os fanzines entraram em sua vida pela primeira vez?
Os zines entraram em minha vida quando eu tinha quatorze anos como fruto dum amor à primeira leitura. E isso eu devo a cultura punk. Ah, foi através do punk que eu conheci estas folhas xerocadas apaixonantes que circulam no underground e percebi que este consiste no caminho marginal que eu busco para seguir adiante.
E a idéia, de editar o seu fanzine, surgiu quando exatamente?
Eu passei a sentir vontade de editar meu próprio zine quando passei a manter um contato mais íntimo com essa forma de publicação. Por vários motivos, porém, eu levei algum tempo para conseguir produzir meu próprio material. É; felizmente, minha hora chegou!
Sei que já lançou diversos zines por aí, nesses anos todos. Poderia citar os nomes, e se possível, á duração/tiragem de cada um deles?
Eu lancei meu primeiro zine em março de 2004. Pois é, eu tentei e tentei até que num belo dia (e que dia!) eu finalmente consegui xerocar as matrizes da Força Mecânica. E viva!
A Força Mecânica trouxe consigo algumas informações acerca de música de rua (Streetpunk/Oi!, Ska, etc.) e futebol (torcidas organizadas!). E seu único número rendeu mais de 120 cópias. Sim, sim, este foi o zine que editei que obteve mais aceitação!
Após um triste intervalo de três anos, já em abril de 2007, eu lancei o primeiro e único número do Turbo Zino. Por sua vez, esta publicação reúne uma entrevista e alguns textos relacionados ao universo punk que estavam arquivados há algum tempo. Ah, sua tiragem não ultrapassou 30 cópias.
Pois é, livrei-me da fama de editor de zines de número único através de minha querida amiga Karta Bomba. Sua edição de estréia viu à luz em setembro de 2008. E, até seu aniversário de um ano, esta ganhou 5 números com cerca de 50 cópias cada.
Ah, após 365 dias em atividade, a Karta Bomba deu início à Greve da Bomba. É; então produzimos a Koletiva Umbela Bomba Zino e está veio à tona em dezembro de 2009 como um veículo de manifestação de críticas ao underground. Sim, assim como a K.B.Z. está conta com cerca de 50 cópias.
E foi durante este período de insurgência que eu produzi também o Kaderno Bomba Zino. E esta publicação lançada em abril de 2010 com tiragem de 71 cópias trouxe em suas páginas algumas matérias acerca de Street Art e Punk Art. De alguma forma, a chama segue acesa e eu ainda pretendo dar continuidade a este projeto.
E a Karta Bomba Zino foi reinventada! Sim, quando da comemoração de seus dois anos, retomamos àquela atividade de forma um tanto diferente e alteramos seu nome para Koletiva Karta Bomba Zino. E até o momento esta conta com duas edições com tiragens de 71 cópias cada.
Já entre a última semana de 2010 e os dois primeiros meses de 2011, nós da Inventiva Trupe de Marginais Inventados/as demos início a um novo projeto: a Agenda Bomba Zino. Sim, esta publicação tem como objetivo expressar nossas impressões acerca de nossos cotidianos de forma um tanto despretensiosa. E, até o momento, esta conta com dois números com 72 cópias cada.
Normalmente, os zines “seguem” um estilo ou tem uma proposta muito definida. Ele pode ser musical, politizado, hq’s, etc. O seu tem um pouco de cada coisa, fluindo de forma bem natural e honesta...
Sim, sim; de alguma forma, eu sempre escrevi sobre temas que me inquietam e estes são vários: música, política, impressões pessoais acerca do cotidiano, etc. Através de prática, felizmente consegui desenvolver minhas próprias formas de expressão. E hoje eu procuro escrever e desenhar de modo mais pessoal.
E os colaboradores, tão ilustres? Zé da Bota, Velho Urso, Maria Botina, Arauto do Vazio e tantos outros? Todos reais, ou apenas frutos da imaginação criativa do seu editor? ( risos )
Risos... Eu gosto quando me questionam sobre estes/as amigos/as queridos/as. Sim, sim...
Estes/as existem! Tendo em vista que nas relações humanas as pessoas são umas para as outras àquilo que cada indivíduo possui de impressões e idealizações em relação ao próximo e que ao criarmos algo em nossa inventiva imaginação isto passa a existir ao menos para nós mesmos/as, digo que tudo e todos/as (sim; inclusive você que está lendo isso!) somos frutos de imaginação. Desta forma, estes/as meus/minhas parceiros/as são reais e viva e viva!
No fim das contas, contudo, eu não sei se recebo estes/as ou se cada um/a destes/as é que incorpora o Katz.
Depois do “Karta Bomba Zino”, que parece se encontrar em férias, seu mais recente trabalho é o “Agenda Bomba Zino”. Ele vai seguir em frente, ou novos projetos devem surgir? O K.B.Z tem previsão de uma nova edição?
Pois é, muita coisa mudou depois da Greve da Bomba. Quando chegamos a algumas conclusões acerca de movimento, reinventamos a K.B.Z. e já estamos planejando a sua próxima reinvenção. Sim, sim, o fato é que esta deve se tornar uma nova publicação já em seu aniversário de 3 anos...
Enquanto isso, nós daremos seqüência também à Agenda Bomba. Sim, a produção desta publicação que surgiu de forma despretensiosa e desprendida muito tem nos agradado. Ah, esta tem sido uma ótima forma de nos expressarmos.
Há ainda outros projetos. E, se tudo ocorrer como esperado, até o fim deste ano nós teremos muitas novidades. Ah, que maravilha!
E dos fanzines em circulação, e também dos que não existem mais, quais são seus preferidos?
Ah, eu gosto muito de muitos zines novos e antigos... Inúmeros me influenciam. E, para não tomar muito espaço, vou citar meus preferidos de todos os tempos.
Vamos lá: Academia de Punk Rock, Needle, Hazlo tu Mismo (Argentina), Facção Underground, Surfcore, Paulistanos Suburbanos, Zips & Chains (Itália), Alternar, Alone, Diesel, Aviso Final, Depto B, Kaskadura, Golpe Justo (Argentina), Action for Life, Contravenção, O Monstro, Aaah!!!, Choque!! Reação no ABC!, Alogia J, Cryptas (México), Antimidia, Clube Skin (Portugal), Anjos de Cara Suja, 333, Manufatura, Anti-Bélica, Dalhe!!! (Estado Espanhol), Catalepsia, Nuvem Negra, Seja - Você Mesmo, Conversas Paralelas, Revolta Skinhead, Amor y Ódio (Argentina), True Lies, Histérica, Sub, Revolta Vermelha, 72 D.i.e.s.e.l, La Nariz Roja (Estado Espanhol), FanzinEx, No Somos Nada (Argentina), Fuzz Zine, Propuesta Modesta (Argentina), Pauta Lixo, O Robô – Nunca faz greve, Radio Kriminal (Chile), Destroi, Mente Engatilhada, XOlho por OlhoX, Profane Existence (EUA), Spell Work, Vandal Kings, Tiempo de Cambio (Argentina), Dr. Sexta-feira, Tribal Screams, United Zine...
Por diversos motivos, porém, sinto que, de alguma forma, dois zines antigos muito contribuíram para a forma como eu escrevo e faço minhas coisas hoje: La Kudrilo Zino e Água.
Apesar dos tempos modernos, o zine impresso segue ainda firme e vivo, lutando sempre contra a maré. Fale um pouco dos encontros/reuniões de zineiro/as, documentários, etc, que estão acontecendo ultimamente?
Ai, sim! Percebo que hoje as publicações impressas marginais estão passando por seu melhor momento nos últimos dez anos. Embora não sejamos muito numerosos/as, somos apaixonados/as ao ponto de fazer as coisas acontecerem. E, talvez por isso, de um ano pra cá, nós estamos tão unidos/as e articulados/as.
Os Encontros de Zineiros/as são algo maravilhoso. Muita troca de materiais e informações, muita produção, muita amizade; e através disso estamos colhendo grandes frutos: zines produzidos de forma coletiva, oficinas, produção de documentários, etc. Acho que, agora, nada pode nos parar...
Sua trilha sonora enquanto edita/monta/pensa/trabalha seu zine, é qual?
Eu sou apaixonado por música de rua! Ouço música constantemente e, de alguma forma, a música também me serve de combustível; inclusive quando estou produzindo minhas coisas.
Sigo ouvindo Punk Rock, Streetpunk/Oi!, Hardcore, Rap, Ska, Reggae, Mangue, Samba... E viva! É o som das ruas...
Para citar algumas bandas/grupos, vou lembrar do que mais ouvi quando da produção da Agenda Bomba (meu último zine até o momento): Restos de Nada, Invasores de Cérebros, DZK, Excomungados, Olho Seco, Ulster, Anarcoólatras, Psychic Possessor, Grinders, Hino Mortal, Armagedom, Personal Choice, Síndrome de Down?, Ação Direta, Araukana, Hemp & Caos, Mongolords, Ovos Presley, Flicts, TPM, Perdedores, NYAB, Minor Threat, Bad Brains, This Side Up, Oppressed, Blitz, Nabat, Stab, Klasse Kriminale, Los Fastidios, Non Servium, Skacha, Keltoi!, RPW, RZO, Função RHK, Racionais, Consciência Humana, Facção Central, Bezerra da Silva, Jimmy Cliff, Simaryp, Specials, Bodysnatchers, Madness, Selecter, Skalariak, Chico Science & Nação Zumbi... :-)
É isso, Katz ! As últimas palavras são suas, pode acrescentar o que quiser! E obrigado pela entrevista, parabéns pelo seu ótimo trabalho! Vida longa!!!
Amigo Márcio, muito, muito, muito obrigado por sua amizade e apoio e gentileza! Com cerveja, nos veremos em breve para colocarmos a conversa em dia. Para encerrar: Para quem faz e/ou gosta zine de papel, aquele abraço! :-)
Contatos:
Job "Katz" Fernando Silicani
Caixa Postal: 028
CEP: 06653-970
Itapevi - SP (Brasil)
e-mail: kartabombazino@yahoo.com.br
domingo, 24 de julho de 2011
Novo disco do West Side Boys:
A banda francesa West Side Boys acaba de lançar seu novo disco. Pra quem não teve a oportunidade de ouvir o som dos caras ainda, com certeza foi a MELHOR banda Oi! da França ( e umas das melhores do estilo no mundo ) na década de '90. Seu primeiro álbum "Al Fiu Du Temps" é um clássico absoluto, uma verdadeira obra prima! Com uma formação instável, sem nunca firmar um baterista, e com a violência e outras dificuldades para tocar na França na época, eles acabaram sem fazer sequer um único show !
Resolveram voltar uns anos atrás, com o vocalista e guitarrista da formação original, e lançaram um disco, um tanto ruim, sem o brilho de antes. Daí a notícia do lançamento de outro álbum agora, com um novo vocal também, restando agora apenas o guitarrista Riton da formação original. As críticas são positivas até o momento, dizem que é melhor que o anterior e tal. Sinceramente, não acredito nisso. Acho que é outra banda que poderia ter deixado as coisas como estavam,sem forçar essa volta. Monta uma nova banda, e deixa o nome West Side Boys na história, já está ótimo !
Enfim, pra quem quiser ouvir o play novo de qualquer forma, vai as informações do lançamento, com uma versão em vinil prevista para outubro:
http://www.bds-records.com
"Website is updated with a ton of new records (please see the section DISTRO) like the new album of WEST SIDE BOYS "reste fier" CD (booklet 16 pages). Forget their last album ("are back" from 2008), this one is really a killer album! (new singer, new anthems!!). Including 3 covers (French oi! from the 80s)."
1. Intro (0'27)
2. La fleur au fusil (3'54)
3. Reste fier (3'52)
4. Cette jeunesse (4'08)
5. Paris réveille toi (3'43)
6. Piliers de comptoir (3'03)
7. Galériens (2'43) TOLBIAC'S TOADS
8. Armée de la terreur (3'45)
9. Rien n'est différent (3'41)
10. Le pont de Tolbiac (5'22)
11. 1990 (2'34) TEEP'N'TIPATIX (ex EVIL SKINS)
12. Tatoué (3'48)
13. Seul et fragile (3'37)
14. La Parisienne (3'15)
15. L'éternité (3'08) TOLBIAC'S TOADS
(Vinyl version is for October 2011)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Entrevista: Veneno Lento
Veneno Lento é a mais nova promessa do Punk Rock paulistano. A banda é formada por músicos veteranos do nosso underground, e que montaram o V.L pra fazer um som um pouco diferente de suas outras bandas, com uma proposta direta e honesta. Pancho, vocal/guitarra, fala um pouco aqui sobre a banda, seu começo/motivações, influências, primeira demo que acabou de sair e planos futuros!
Veneno Lento/entrevista:
Márcio: Fala Pancho! Sei que a banda é relativamente nova, então poderia fazer uma breve apresentação do Veneno Lento?
Pancho: Fala Marcio!... valeu pelo convite...
O Veneno Lento surgiu no começo desse ano (2011) em São Paulo, acho que janeiro, veio da constante vontade que a gente tinha de tocar punk rock sendo que nossas outras bandas sempre foram de hardcore/crust/old school/thrash enfim...
Ai desse meio caótico eu falei com o Diogo que também tinha essa idéia e chamei o Gregório e o Pato, e fluiu muito bem porque além do gosto musical somos amigos e isso acabou meio que sendo algo novo para todos nós.
E formação é:
Diogo – bateria
Gregório – baixo e b-vocal
Pancho – guitarra e voz
Pato – guitarra e b-vocal
M: E as inspirações musicais ?
P: Então, as influências musicais são muitas, praticamente toda leva de rock punk ‘70 que rolou no mundo nós gostamos, mas vou ressaltar aqui as bandas que mais influenciou a gente para fazer um som.
Rose Tattoo
Sham 69
Blitz
Slaughter and the dogs
Chaos en France (coletanea)
Inocentes
Dose Brutal
Fogo Cruzado
M: Quais tópicos costumam abordar nas letras ?
P: Cara...as letras falam muito do cotidiano que levamos, aquela coisa de trabalhar mais de 8 horas por dia, perder mais 4 dentro do ônibus e ai você tem que se virar com o que sobra pra ser feliz e sobreviver, mas fala também do que rola na rua, no underground...
M: E o som? Pode ser definido como Street Punk ?
P: Pow, street punk me vem na cabeça aqueles caras de cabelo muito colorido, cinto de rebite e suspensório com calça xadrez, uehueh. Acho que eu prefiro punk rock apenas.
M: Vocês lançaram recentemente um cd-demo, e que é excelente por sinal ! Falem a respeito, quando gravaram, quais canções foram escolhidas...
P: Foi uma demo gravada em jan/fev, foi tudo bem simples e prático, nós tínhamos 6 sons e fomos no estúdio do Sandro ( Estúdio Quadrophenia ) e gravamos, queríamos um lance bem orgânico ( não sei se tá certo falar isso) não queríamos essas gravações ultra produzidas com guitarras dobradas milhões de vezes, queríamos algo que soasse meio que igual as bandas que gostamos, e o resultado foi bem legal, muito melhor do esperávamos, gastamos muito pouco e tivemos uma atênção legal do Sandro e do nosso amigo Pedro que emprestou o amplificador.
M: Sou um grande fã da cena Oi!/Punk francesa dos anos ’80, e achei muito foda a versão que fizeram do grande Camera Silens ! Alguma razão especial pra escolherem esse música ?
P: Foi o lance de fã também, gostamos muito do Camera Silens, eu acho a cena da França muito foda, piro em quase todas as bandas do “Chaos En France” ( ed: lendária compilação lançada na década de ’80 na França ) como Kambrones, Reich Orgasm, Komitern Sect, Snix, gosto muito do Little Bob Story também, meu sonho era ter saído no Chaos En France com o Veneno Lento, hehe.
M: O nome da banda foi tirado de uma canção do Dose Brutal, certo ? Eles nunca tiveram a devida, e merecida, atenção aqui no Brasil por parte da cena punk/oi!, concordam ?
P: Isso mesmo, o nome veio dessa música e encaixou perfeitamente com a banda, letras e tal... viver nessa cidade é um veneno lento. Sobre o Dose Brutal, acho que foi uma grande banda que não teve sorte como tiveram os Inocentes, Garotos Podres e etc, os caras tocavam muito bem tinham muita noção do rolava lá fora, se eles tivessem gravado o “Vadia” (segundo álbum) no mesmo estúdio que o Inocentes gravou o “Adeus Carne”, provavelmente o nome deles seria uma referência quando se falasse em brazilian punk rock.
M: Falando em Brasil, que bandas vocês curtem do nosso atual cenário ?
P: Vou falar as que estou ouvindo nessa última semana:
The Squintz
Nuclear Frost
Modulares
Final Round
M: Sei que a maioria dos integrantes do V.L tem outras bandas também. Poderiam citar elas, e quem toca também ?
P: Eu toco no Busscops e no In Your Face, o Gregório toca no Busscops comigo, o Pato toca no Speed Kills e o Diogo toca no Positive Youth.
M: Acredito que a banda tem um grande potencial para ter um disco lançado em breve. Existe algum plano a respeito ?
P: A principio era só uma demo e fazer um punk rock em qualquer beco que liberasse um espaço, mas acabou surgindo um esquema do nosso amigo Mateus (nada-nada discos) em fazer um 7ep.
M: Então em breve vamos ouvir o V.L no vinil ?
P: Se tudo der certo na primeira semana de junho estamos com o epzinho na mão
M: Para quem quiser uma cópia da demo, o que é preciso fazer ?
P: Quem quiser a demo manda um e-mail p/ gente: venenolentopunx@gmail.com
Ou se quiser tem ela no esquema virtual:
4shared: http://www.4shared.com/file/jCIaitqQ/veneno_lento_demo_-_2011.html
E também está diponível em nosso myspace:
www.myspace.com/lentoveneno
M: Bom, é isso, obrigado pela entrevista! Deixe os contatos da banda para a galera falar com vocês. E se quiserem acrescentar algo mais...
P: Queria agradecer pelo apoio e incentivo que você dá! Acredito que não só para a gente mais para todo mundo que quer fazer um som, creio que as palavras de apoio sua são sempre essenciais, e por todos os plays, zines, livros e trambiques você me descolou durante esses anos de amizade ( ed: Pancho, falta agora só uma treta com o seu play do Meteors ,hehe ). Para a geral queria falar para vocês apoiarem mais a sua cena local, ir em shows, apoiar o underground, se você gosta da trilha sonora dos rockeiros de rua você tem que apoiar para que isso não acabe!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Top 10: Songs About Football!
Cockney Rejects "I'm Forever Blowing Bubbles"
Cock Sparrer "Trouble On The Terraces"
Attaque 77 "Sola En La Cancha"
Comando Suicida "Soy Un Barravra"
The Business "Saturdays Heroes"
Vírus 27 "Torcida Forte"
The Oppressed "Hooligans"
Bandeira De Combate "Questão De Honra"
Bombardiers "France-Allemagne 82"
The Ejected "Football Song"
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Diga NÃO às Crueldades!
Mensagem - A Nossa Luta - www.pea.org.br
Animais sendo retalhados para fins “didáticos”. Animais sendo mutilados e torturados para fins “científicos”. A nós não importa a finalidade, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo executados em carrocinhas por pauladas, eletrocussão, envenenamento e injeção letal. A nós não importa o modo como matam, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo caçados, criados em gaiolas, esfolados vivos para suas peles virarem roupas e souvenir. A nós não importa o produto, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo aprisionados, espancados e mutilados para servirem de “entretenimento” em circos. A nós não importa se público ri, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo capturados, socados em minúsculos compartimentos, transportados e vendidos como “bichinhos de estimação”. A nós não importa o quão raro é o exemplar, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo cruzados em busca da raça perfeita, visando ao lucro, sendo vistos como meros produtos comerciais e descartados quando nascem com algum “defeito”. A nós não importa a pureza da linhagem, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo obrigados a puxar cargas excessivas, chicoteados exaustivamente, animais vistos como objeto de trabalho. A nós não importa a finalidade, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo treinados para matar, colocados em ringues para lutarem entre si. A nós não importa se dizem que é divertimento, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo cruelmente torturados para aparentarem braveza, sendo montados, laçados, derrubados em arenas. A nós não importa se consideram isso um esporte, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo espancados e atiçados para correrem entre milhares de pessoas e no final serem cruelmente abatidos. A nós não importa se chamam isso de comemoração, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo criados e procriados aos montes, entupidos de hormônios, e abatidos para virarem “banquetes”. A nós não importa o gosto desse alimento, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Animais sendo executados a sangue frio, tendo suas entranhas dilaceradas para virarem oferenda aos “santos”. A nós não importa se chamam isso de religião, pois no final o resultado é o mesmo: TORTURA e MORTE e NÓS LUTAMOS contra isso.
Diga NÃO às Crueldades! Junte-se a nós nessa luta!
Autoria: Gabriela Toledo
www.pea.org.br
domingo, 17 de abril de 2011
Frases!!!
Uma pequena compilação de frases, ditas em épocas e lugares diferentes, e por diversos artistas! Algumas inteligentes, engraçadas, estúpidas, relevantes...
“Nunca fiz download de uma música sequer na internet. Me mandaram um iPod como cortesia, e eu nem tirei da caixa. Fazer música requer esforço. Como é que você pode gostar de um disco que chega tão facilmente ás suas mãos?” Morrissey
“Cada disco que comprei está ligado a uma sensação. Eu passava tardes inteiras nas lojas lendo as fichas técnicas das capas e dos encartes.” Morrissey
“Hoje em dia, tudo está fácil: ouvir música, criar uma canção, se tornar um superstar...Um moleque de onze anos com um computador pode gravar um disco no quarto. A música hoje á alvo de humilhação, é algo frívolo e inofensivo.” Morrissey
“Escuto muita coisa, mas raramente algo me impressiona. Ouço sempre uma tonelada de cds que, em geral, vão direto no meu cesto de lixo.” Morrissey
“Não tenho problemas com as bebidas – a não ser quando não consigo uma”. - Tom Waits
“Tenho medo de ir para o inferno quando morrer, pois lá pode não haver nightclubs”. - Tom Waits
“Estou nesse negócio por causa das garotas, como todo mundo. Descobri que, se tivesse uma guitarra, poderia tirar a roupa delas“. – Lemmy
“O Brasil é o país mais incrível, belo, violento, escroto, malandro, sujo e exótico do planeta”. – Nick Cave
“Não vou desistir da minha campanha contra o Mc Donald’s e pelo vegetarianismo, nunca. Quero morrer por alguma causa“. – Chrissie Hynde
“Já que eu tenho que ir para o inferno, vou tocando meu piano“. – Jerry Lee Lewis
“Eu costumava ter de beber umas doses de tequila para ficar sóbrio”. – Jerry Lee Lewis
“Não preciso de drogas para subir no palco. No dia que precisar, desisto de tudo”. – Paul Weller
“Uma porrada de fãs nossos já tá em cana. Acho que é por isso que já não tem tanta gente nas gigs. Talvez tenhamos que fazer uma tournê pelas prisões”. – Jimmy Pursey
“Um repórter de rock é um jornalista que não sabe escrever, entrevistando gente que não sabe falar, para pessoas que não sabem ler”. – Frank Zappa
sexta-feira, 25 de março de 2011
Los Fastídíos "La Vera Forza" letra:
Da tutta Italia da ogni città
Skins e Punks stanno arrivando
vecchi amici si rincontrano
nuovi amici bevono insieme
Una gran forza sta tornando
dalla voce dei ribelli
voce dei kidz di ogni tempo
tutti uniti al raduno OI!
Sotto al palco grande pogo OI OI OI
Tutti insieme a gridare OI OI OI
Dai facciamoci sentire OI OI OI
La vera forza della strada
La vera forza della strada
Intro
Tornan sul palco le vecchie band
affianco le nuove generazioni
E' un gran giorno per i ragazzi
cantare insieme le vecchie canzoni
"Working Class" "ACAB"
Skins & Punks "If the kids"
"Suburban Rebels" Siamo noi
No politica OI! OI! OI!
Sotto al palco grande pogo OI OI OI
Tutti insieme a gridare OI OI OI
Dai facciamoci sentire OI OI OI
La vera forza della strada
La vera forza della strada
Intro
Da tutta Italia da ogni città
Skins e Punks stanno arrivando
vecchi amici si rincontrano
nuovi amici bevono insieme
Una gran forza sta tornando
dalla voce dei ribelli
voce dei kidz di ogni tempo
tutti uniti al raduno OI!
Sotto al palco grande pogo OI OI OI
Tutti insieme a gridare OI OI OI
Dai facciamoci sentire OI OI OI
La vera forza della strada
La vera forza della strada
Intro
Sotto al palco grande pogo OI OI OI
Tutti insieme a gridare OI OI OI
Dai facciamoci sentire OI OI OI
La vera forza della strada
La vera forza della strada
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Stiff Little Fingers - "Roots,Radicals,Rockers and Reggae"
You roots, you radicals, you rock to the reggae
You roots, you radicals, you dub to the reggae
you roots, you radicals, you skank to the reggae, you roots
Let there be peace in the east, peace in the west
You roots, you radicals and all the rest
I said peace up north, peace down south
Peace in the ghettoes all round about
We are all in a one and one in all
So throw away the guns and the war's all gone
Throw away the hunger and the war's all gone
Throw away the fighting and the war's all gone
Throw away the grudges and the war's all gone.
C'mon you roots, you radicals, you rock to the reggae
You roots, you radicals, you dub to the reggae
You roots, you radicals, you skank to the reggae, you roots
Love and respect you itren and protect your little sistren
And the same shall return to you, my friend
I said don't fight against no colour class or creed
For on discrimination does violence breed
I said we are all in a one and on in all
So throw away the guns and the war's all gone
Throw away the hunger and the war's all gone
Throw away the fighting and the war's all gone
Throw away the grudges and war's all gone
C'mon you roots, you radicals, you rock to the reggae
You roots, you radicals, you dub to the reggae
You roots, you radials, you skank to the reggae, you roots
Come on now
Comfort the afflicted and keep them from harm
Let age be protected and the infants be strong
GO FOR IT
You got to pass the bowl and make the food go round
Cos that's the only way to trample crime to the ground
Equal rights and justice for one and all
Cos only through liberty freedom shall form
Don't fight against no colour class nor creed
For on discrimination does violence breed
We are all in a one and one in all
So throw away the guns and the war's all gone
Throw away the hunger and the war's all gone
Throw away the fighting and the war's all gone
Throw away the guns and the war's all gone
Throw away the hunger and the war's all gone
Throw away the fighting and the war's all gone
Throw away the grudges and the war's all gone
domingo, 30 de janeiro de 2011
S.A "Samurai Attack" cd
Através de um blog, especializado em som de bandas japonesas, descobri esse cd do S.A, e que foi lançado pelo conceituado selo inglês Anagram Records! S.A é uma banda clássica do punk rock japonês, formada ainda nos anos '80. A banda deu uma pausa em suas atividades e retornou nos '90, com o guitarrista Naoki, que também fez parte de outra grande banda local, o Cobra. Bom, vou tentar descolar meu cd original agora em alguma importadora,e para quem possa interessar segue a capa e texto original que consta no site da gravadora:
Samurai Attack
Samurai Attack : The Very Best Of Samurai Attack
The Very Best Of Samurai Attack
cdmgram186
"Japan's legendary punk rock band S.A. is about to take on the world with their worldwide debut album "Samurai Attack", through the prestigious punk label Anagram Records!!
"Samurai Attack" is the band's first ever 'Best Of' album, with the tracks chosen by the band members themselves from their three classic albums. Also included are two unreleased tracks that can only be heard in this CD. One of the unreleased track is a new version the song "Nothingness" which was originally included in the now legendary compilation album "Oi of Japan"!!
SA originally formed in 1984 and gained an enormous following in Japan before breaking up in 1987. The CDs continued to sell and the legend lived on and on until 1999 when SA reformed. Therein followed a truly prolific release schedule starting in 2002 with the highly successful album "Great Operation", yet another album, a couple of singles, an EP and two music videos - all in the last two years! Not only that, but SA have a new album slated for release in April 2004!
Along with such Japanese bands as The Star Club, Cobra, and Laughing Nose, S.A. is one of the most important and consistent punk bands to originate in the Far East. This is an important milestone for the history of Japanese Punk Rock."
www.cherryred.com.uk
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Cobra:
Assinar:
Postagens (Atom)