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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Entrevista: Harry

HARRY – Regravando o clássico álbum Fairy Tales”

Criada em 1985, a banda Harry nasceu em Santos (SP) e figura hoje entre os pioneiros da música eletrônica nacional. Com Hansen nos vocais e na guitarra, Cesar Di Giacomo na bateria e Richard Johnson no baixo, o grupo começou a carreira tocando um rock "noisy" cantado em inglês. Porém, com a entrada do produtor e tecladista Roberto Verta, logo mudou seu som para um rock experimental e eletrônico com influências que vão de bandas como The Clash e Kraftwerk a escritores como Neil Gaiman e Alan Moore.

O primeiro trabalho gravado pelo grupo foi o EP “Caos” em 1986. Dois anos depois, o Harry lançou, pela mesma gravadora, a Wop Bob, seu primeiro disco, “Fairy Tales”, último com a participação do baterista Giácomo. Depois disso, passaram a atuar com bateria eletrônica e samplers, tornando o som da banda ainda mais eletrônico. Mais tarde, lançaram dois novos álbuns, o “Vessels Town” (1990), pela Stiletto, e, pela Cri Du Chat, a coletânea “Chemical Archives” (1994), com músicas dos dois primeiros discos da banda e algumas composições inéditas.

Agora Johnny Hansen – Guitarra e vocais, Cesar "Chuck" Di Giacomo – bateria e vocais,
Richard K. Johnsson – teclados, Lee Luthier – baixo e vocais e Marcelo Marreco- Guitarra,regravaram o clássico álbum “Fairy Tales”, no formato banda com mais guitarras, baixo e bateria e uma pequena dose de teclados.
Só mesmo conferindo para sacar que esta gravação pode ficar empatada com as do disco de 1988. Ou seja, tenha os dois trabalhos.


A seguir uma entrevista com Johnny Hansen contando casos interessantes sobre boa música, punk rock e guitar hero no som eletrônico.


Por: Renato Andrade.



1) Hansen você poderia falar das suas primeiras bandas e quando começou o seu interesse pelo rock e etc...

Por volta de 1973, quando ouvi o Billion Dollar Babies, do Alice Cooper. Partindo daí, comecei a ouvir outras bandas da época, como Black Sabbath e Deep Purple, e em seguida comecei a pesquisar o que havia gerado esse tipo de som, e comecei a ouvir as bandas dos anos 60 (Beatles, Stones, Who, Kinks). Em 1976 eu e o Johnsson formamos o The Yardrats, que durou até 1980. Nessa época, o Johnsson foi fazer faculdade em outra cidade, e formei o TTF, V8 (eu não sabia que existia a banda argentina com esse nome), Self Destructor, Atmosphere, e a partir de 1985, o Harry and The Addicts, com o Cesar Di Giacomo na bateria e o Johnsson no baixo.


2) Estudou música ou é um autodidata "do it yourself"?

Comecei em 1976, quando comprei um baixo Snake. Em 78, comprei a primeira guitarra, uma Faim argentina. Mas não tive professores formais, pegava toques com amigos meus que já tocavam, especialmente o Gino Martini (que hoje toca no Double You) e o Ferdinando Siciliano Filho. Em 81, já com alguma experiencia tentei fazer aulas de violão clássico com o Humberto Lage, o melhor professor de violão que Santos já teve, mas ele já estava no final da vida, e os problemas com alcoolismo já atrapalhavam seu ensino, então fiquei pouco tempo. Curioso o esquema de aulas dele, tinha alunos o dia inteiro, ele os recebia no apartamento, havia uma cadeira para ele, tipo uma carteira de colégio, e uma cadeira comum para o aluno, com uma almofada. Ele enchia uma taça de genebra (um tipo de gin, feito de bagos de zimbro) e a bebia durante a aula. Assim que chegava outro aluno, ele virava a almofada da cadeira e enchia a taça de novo, era uma taça por aula. Óbviamente essa imagem nos inspiraria alguns anos depois.


3) O que pensa do pessoal do rock 80s mais pop? No começo do Magazine o Kid Vinil disse que fazia isto pela grana e não pela arte,
o que vc gosta e odeia do som feito naquela época?

O chamado B-Rock foi uma espécie de anos 50 atrasado aqui: o rock conquistando a juventude, as drogas e sua penetração em massa, tudo acontecendo 30 anos mais tarde. As bandas pareciam "acompanhar" esse atraso. Algumas olhavam para o presente como Azul 29, Agentss, Simbolo e Karisma, mas a maioria, embora tivesse uma musiquinha legal aqui e ali, estava presa ao passado.


4) Falando nisto, vc tambem acha que o rock nacional dos 90s é ruim? O que aconteceu que de repente o que era post punk, new wave, virou Skank, jota quest, nando reis, charlie brown, etc.. etc..


Eu estava me lembrando de uma entrevista do Marlon Brando à Playboy em 1978, ele dizia que quando as perguntas eram embaraçosas, ele respondia coisas como: Bem, o incidente de Wounded Knee aconteceu em 1973. Mas voltemos a entrevista, deixe-me responder a sua pergunta: Bem, o incidente de Wounded Knee aconteceu em 1973.

5) Lembro que vc estava usando uma camiseta do Yngwie Malmsteen no Woodgothic, achei aquilo muito... digamos "atitude" da sua parte (apesar deste que vos escreve, não curtir nada do guitarrista sueco)

Sim, nos anos 80, eu achava cafona demais escutar metal, embora gostasse. Só há uns 4 anos atrás, quando resolvi voltar a tocar guitarra, comecei a ouvir o Malmsteen pra valer. E me identifico com ele tb pela sua simpatia, que lembra muito a minha.

6) Perguntei isto pq sei que curte bandas obscuras do punk rock e tambem tem um pouco desta pegada na musica do Harry.
Você sempre tocou um som mais básico, mas no fundo é um guitarrista virtuoso, o que pensa disto?

Desde que ouvi o Glen Buxton, da banda do Alice Cooper, sabia que a guitarra era o instrumento que eu queria tocar, mas aquilo me parecia tão inatingível. E o punk trouxe aquele conceito de que podíamos fazer aquilo, mas como eu ficava 8 horas por dia tocando a guitarra, em 6 meses já tocava Led Zeppelin ou Rush com facilidade. O resultado era que o som do Yardrats eram canções punk com solos de 10 minutos. Para o bem ou para o mal, era um diferencial. Mas mesmo hoje, eu gosto de levadas mais retas do que riffs. Em 2010, me apresentei junto com o Plastique Noir em Fortaleza e fritei tudo, e o público adorou. Foi aí que parei para pensar que provavelmente em nenhum lugar do mundo tem alguém fazendo um som mais alternativo com uma guitarra estilo metal, mas eu achava que o público goth de SP, atualmente um bando de bichinhas posando de troo, não aceitaria uma heresia dessas. Mas quando toquei com o H.A.R.R.Y. and The Addict no espaço Walden em 2013, a reação foi ótima. E tb no Woodgothic, onde fiz uma apresentação solo, um cara chegou pra mim depois e disse "Cara, muito legal, vc faz um som post punk, mas coloca um lance meio Malmsteen". Fiquei contente em ver que estava sendo compreendido, e que as bichinhas troo só são maioria no Facebook, ah ah ah ah ah ah.


7) "Electric Fairy Tales" é uma idéia antiga, conte para o pessoal que não sabe.....

Na verdade, era como o Harry soava entre 1985 a 1987, eu só perdi a vergonha de descer a mão nos solos. E embora sejamos referencia de gravação e produção (dentro dos recursos de que dispomos), todas as guitarras dos nossos discos ficaram uma merda. Isso pq no mínimo até o ano 2000 não existe uma única guitarra pesada bem gravada no Brazil, os caras simplesmente não sabiam como fazer. Então eu sempre quis sanar isso. Com o Harry parado desde 2006, embora eu ensaiasse esporadicamente com o Cesar, Lee e Marreco, formei o H.A.R.R.Y. and The Addict com o Ricardo Santos, mantendo a linha synthpop que sempre nos caracterizou. Quando o material com o Cesar e os outros começou a tomar forma, pensei em registra-lo de alguma forma. A gravação levou 4 meses no estúdio Play Rec, aqui em Santos, e chamamos o Johnsson para fazer uma participação em algumas poucas faixas, mas ele se entusiasmou e quis tocar em todas. Até então o projeto não tinha nem nome, mas como a formação original do Harry (eu, Cesar e Johnsson) estava toda lá, não tive outra opção senão manter duas bandas com nome parecido. A mixagem levou o ano de 2013 inteiro, e teria levado mais se não tivéssemos decidido dar um stop, senão não acabaria nunca.



8) Já cantou alguma música que o Verta e o Johnsson cantam no Harry? (Skeletons, Vessels' Town...etc.)

Já, claro. Genebra, inclusive era ele quem cantava nos shows, antes de gravarmos. Ensaiávamos Vessel´s Town com o Lee cantando, fazemos Skeletown de vez em quando, embora não a tenhamos tocado em shows, e eu canto Slavonian Lament, que o Johnsson gravou originalmente no Taxidermy.

9) Você sabe que esta cada vez mais difícil tocar e ter um bom equipamento e tratamento em casas noturnas de SP e outros lugares.
Já deve ter entrado em muita roubadas, alguma boa e má história?

Muitas, a ponto de ter decidido não fazer mais o "circuito alternativo", esses buracos que não te pagam direito, não tem estrutura e ainda te tratam como se estivessem te fazendo um favorzão.
Mais de uma vez, me apresentei com meu projeto solo, o Bad Cock, e procurava montar um set enxuto, onde só precisaria ligar canais direito e esquerdo no sistema de som da casa. Eu dava as pontas dos cabos para o "técnico" e dizia "Pode ligar" e ele "Ligar aonde?"

10) Budgie (Siouxsie/Creatures) disse certa vez, as vezes na musica de suas bandas não havia uma bateria, e ele participava mesmo assim opinando e dando idéias...
Ou seja no mundo do "rock eletrônico" acontece muito isto e alguns não entendem que o músico programou tudo e toca de verdade (não é geral, mas na maioria dos casos)

Qual é a pergunta? He he, mas sim, o Electric Fairy Tales é uma prova de que uma mesma musica pode ser interpretada em linguagens diferentes.


11) Por que a música "Dive to Drown" não entrou no box Taxidermy? (Obs. A extinta loja e gravadora Wob Bop lançou Fairy Tales em CD e K7 em 2000 com 3 bonus:
Dive to Drown, Sexorama e Radio Dull)

Eu tinha largado a guitarra meio de lado na época, e para piorar, tomei um ácido durante a gravação de Dive to Drown, então simplesmente não conseguia manter o ritmo. O Verta tentou emendar as partes onde toquei certo, mas ficou uma confusão só, jamais deveríamos ter permitido que aquilo fosse lançado. Mas ela está presente no Electric Fairy Tales, e desta vez saiu exatamente como queríamos. Só uma correção: os bonus do cassete incluiam Fairy Tales tb, embora ela não venha naquela edição semi pirata que os pilantras da RDS lançaram.

12) Tropa Suicida, Carnal Desire e bandas de Hard Core melódico vem de Santos. Vc gosta de hc melódico? Chegou a ir a algum dezembro negro??

Gosto muito de hard core melódico, mas nem a Tropa Suicida, nem o Carnal Desire se encaixam nesse gênero. O Tropa era hard core old school, e o Carnal é um cross over de metal, hard core e sei lá mais o que.
Antes do Dezembro Negro, houve o 1º Encontro de Punks e Hardcores, organizado pelo Genivaldo, do então Pesadelo, e com a presença do Cólera, SP Chaos, Ruidos Absurdos, e duas bandas que não constaram no cartaz, Juizo Final e Self Destructor, que éramos eu, Cesar e o falecido Renato Grillo. Como o som já estava ficando dark e lento, resolvemos que só tocaríamos o material antigo, mais para punk 77, mas mesmo assim não agradamos, pq os caras tocavam 50 musicas em 20 minutos. Isso foi em fevereiro de 1984. No final do ano, fomos convidados para o Dezembro Negro, só que aí resolvi não fazer concessões, a banda (já renomeada como Atmosphere) tocaria o material atual. Lembro que tinha o Cólera, Lobotomia, Garotos Podres, além do Pesadelo. Eu tinha tomado uma garrafa de vodka Baikal inteira pelo gargalo, começamos a tocar, e começaram a atirar copos de plástico na gente. Na verdade, só nos convidaram pq contribuíamos com o equipamento, que pouca gente tinha então, e depois de 3 musicas, alguém chegou para a gente e disse "Mais uma e acaba" e eu respondi "Se for para interromper meu show, levo tudo que eu trouxe embora", e tocamos até o final. Não nos chamaram para a segunda edição no final de 85, o que foi ótimo, pq parece que rolou encrenca da grossa, dentro e fora do evento.

13) Quando vc lê ou escuta este pessoal reclamando que o underground é cruel com a banda deste ou daquele, choramingando na net ou "ao vivo". Bem vc está ai desde o começo dos 80s e já viu de tudo né? Teria algum conselho especial? ou manda para @#$%!!!! mesmo..

Nada a declarar...



14) Este line-up do Harry é definitivo? Podemos esperar uma reunião com a formação do Fairy Tales?

A formação original do Harry and the Addicts éramos mesmo eu, o Cesar e o Johnsson. O Verta simplesmente não tem tempo para se dedicar a uma banda, e com ele a bordo, o Electric Fairy Tales jamais veria a luz do dia. Mas o impossível é sempre provável, o provável é sempre possível.


15) E Material para um novo album? Diga os novos planos do Harry...

O Electic Fairy Tales acabou de ser lançado, são 7 regravações do disco original em formato elétrico, mais 9 musicas inéditas. Mas já começaremos a gravar o novo disco em 2015, que se depender de mim, será um cd duplo.


16) Para terminar vc pode fazer um top 10 de discos, eps e etc..

http://www.botequimdeideias.com.br/flogase/os-discos-da-vida-johnny-hansen/


17) Diga algo que gostaria e eu não perguntei...

Gostaria de perguntas sobre o novo disco, e saber se vc concorda com a maioria de que não foi uma volta saudosista ou para bater cartão, e sim o melhor disco de nossa carreira até agora. Essa entrevista não estará completa sem essa abordagem...


RENATO ANDRADE: ..então ai vai um bonus track:

1)Gostaria de saber o que ele acha do rock atualmente, se ele acompanha o underground atual, se ele pode citar alguns nomes
E se ainda existe espaço para o tipo de musica que ele faz...

- Leandro Franco (Asteróides Trio)

Não ficou claro se o Leandro se refere apenas ao underground nacional ou em geral. De qualquer modo, não tenho acompanhado como fazia há anos atrás, de querer ter as coisas assim que saíssem. Fiz isso até 2009, acho, e depois dei uma desencanada. Os nomes gringos que eu citaria, como Sound Tesselated ou Brothers Martin já são coisas de 5 anos ou mais. Dos álbuns de 2014, não que eu tenha ouvido muitos, o meu favorito foi do dinossauro Mike Oldfield, então perdi essa coisa de querer estar sempre antenado.
Dos nacionais, meu atual favorito é o Epic Church, one man project de Pindamonhangaba.

http://gloria.tv/?media=117829&language=5Pe8JqC4DXG


2)Vocês ainda sentem que estão/estamos "living in trance" no século 21?

- Ayrton Mugnaini Jr.

Acho que hoje estamos living on delirium.

3) Hansen, você pode nós contar um pouco sobre o processo criativo da gravação do primeiro álbum, Fairy Tales, sabemos que havia o apoio da gravadora Stiletto e que era uma época de experimentações. Hoje em dia vivemos um momento musical totalmente diferente. Da pra traçar um paralelo entre o Harry antigo, experimental e eletrônico do Harry atual, acústico e sem amarras?

- Edson Codenis (Modem)

O Vessel´s Town que foi da Stilletto, mas eles nunca nos apoiaram em nada, foi o Verta que pagou o estúdio. O Fairy Tales foi lançado (assim como o EP anterior) pela Wop Bop, que foi o melhor selo independente que já existiu por aqui, davam condições que nenhum outro selo (ou mesmo majors) jamais deram.
Quanto ao processo criativo, chegamos no estúdio sem praticamente nada programado, já que não tinhamos sequencer (o do Poly 800 não conta). Ele foi praticamente todo criado no estúdio, com a indispensável ajuda do Marco Mattoli, que tinha um Roland MC 500 e traduzia todas as nossas idéias para ele.
E as idéias iam aparecendo. Não conseguimos um bom sample de telefone para Silent Telephone, então eu imitei esses sons com a guitarra, e hoje não tenho a menor idéia de como fiz aquilo. O sample do Getúlio Vargas era para ter acabado quando a minha voz entrasse de volta, mas eu estava viajando de Valium, e tive na hora a idéia de deixar ele falando enquanto eu cantava. Uma das razões que nos fez escolher o Big Bang foi por ter um sampler Emax, da Emu Systems, mas quando fomos gravar, ele tinha sido vendido, então o Mattoli alugou por alguns dias um Roland S-50, portanto tínhamos que correr com ele, e colocamos os coros em Sky Will Be Grey, Lycanthropia e Last Birthday (acho que se o Verta não tivesse me impedido, eu teria colocado coro em todas, rsrsrs).os ruidos em Joseph In The Mirror e os tiros tb em Sky Will Be Grey. Usamos um DX7, o Poly 800, e o Mattoli tinha um Korg DW8000. A bateria usada foi uma Emu SP 12, para onde transferiamos as programações de nossa Roland TR 505.
Já do Electric Fairy Tales, fui com os arranjos mais ou menos na cabeça, exceto as vozes, eu queria usar harmonias, mas não tinha como prepara-las antes, por isso a maioria foi criada dentro do estúdio. E fiz um wall of sound de guitarras, por isso soam tão encorpadas. Para ter uma idéia, a gravação levou 4 meses, sendo que Cesar, Lee e Marreco fizeram suas partes em duas sessões cada um. O Johnsson fez as 16 faixas em uma única tarde de sábado. O resto do tempo fui eu viajando na maioneses. A mixagem levou o ano de 2013 inteiro.
O material do Harry e do H.A.R.R.Y. é praticamente o mesmo, as linguagens são diferentes, mas mostra como as musicas são flexíveis para vários arranjos.

4) E quanto a "Silent Telephone"? Uma boa musica.. que não teve um novo arranjo.. ela passou no teste da banda.. ou seja, esta versão é definitiva?

- Renato Andrade

Dois fatores colaboraram para que não refizessemos Silent Telephone: ainda estamos satisfeitos com a versão original, e como eu citei antes, eu não lembro como fiz aqueles ruídos telefônicos com a guitarra. O H.A.R.R.Y. toca uma versão synth pop dela, que é bem legal.

5) Vocês pensam em misturar as duas versões do Fairy Tales em futuros shows? Ou estas versões são definitavas..

- Renato Andrade


Como eu já disse, o H.A.R.R.Y. and The Addict ficou encarregado das versões electronicas, a maior parte delas razoavelmente fiel ao arranjo original. O Harry não tocará mais You Have Gone Wrong, por exemplo, já que nunca nos ocorreu um arranjo elétrico para ela que valha a pena.

Johnny Hansen (hansenharryebm)

http://soundcloud.com/hansenharryebm

http://soundcloud.com/h-a-r-r-y-and-the-addict

http://www.reverbnation.com/johnnyhansenhansenharryebm

http://hansenharryebm.tnb.art.br/

http://harryandtheaddict.tnb.art.br/

http://www.myspace.com/harryandtheaddict

http://www.harrynet.com.br