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sábado, 25 de julho de 2009

Busscops / Defect Defect - Split Cd - resenha


Cansado da mediocridade da atual cena Punk/Hardcore nacional? De bandas que preferem "chorar" nas letras ou falar de amenidades? Com um som que está longe do verdadeiro Punk, mas mesmo assim insistem que fazem parte dele? Bom, seu problema acabou amigo, pois finalmente o Busscops chega ao seu primeiro cd ( depois de uma demo, que é fantástica! ) dividindo espaço com os americanos do Defect Defect. São apenas 5 faixas de cada, mas que vai dar uma idéia do som agressivo e destruidor do Busscops! 5 canções que botam o Punk em seu lugar, que é contestando, agredindo, politicamente incorreto e acrescentando algo positivo numa cena que precisa cada vez mais disso. "Total Guerra", "Tão Perto De Mim", "Ontem,Hoje,Amanhã...", "Tão Perto Do Fim" e "BxBxA" são puro ódio, musicalmente falando, que mostra evolução da banda, mas mantendo seu estilo, e com letras diretas ao ponto da crítica, sem muita enrolação. Escute o cd com calma e atênção. E veja ao vivo a melhor banda do nosso Punk/HC nacional no seu bairro, estado, cidade. E do outro lado o Defect Defect, com um som que vai agradar em cheio amantes do velho e maravilhoso Punk americano oitentista ( Adolescents, Youth Brigade,TSOL, Faction...) com excelentes faixas e ótimas letras! Grande disco!!! ( Sweet Discos )

www.myspace.com/busscops
www.myspace.com/defectdefect
www.myspace.com/sweetdiscos

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Karta Bomba Zino: zine impresso ainda existe (resiste!)


Numa época em que desgraçadamente os zines impressos são cada vez mais raros, o Karta Bomba Zino prova que ainda existe quem acredita e batalha para que o velho e bom zine continue vivo. Eu mesmo desencanei do impresso por vários motivos faz tempo, desde custo, xerox cara, falta de tempo, de apoio, correio caro etc... E acabei optando pelo virtual, que mesmo sendo rápido, prático e atigindo um maior número de pessoas, não tem o charme e estilo do impresso. KBZ é feito pelo grande amigo Job "The Katz" Fernando, que faz do seu zine um meio de divulgar causas e idéias em que acredita, com convicção e honestidade. Até agora 3 edições foram lançadas, e formatos totalmente originais (graças a critatividade do editor!) e que vale muito a pena entrar em contato pra ver o custo e receber uma cópia desse ótimo zine ! Tem entrevistas, biografias, quadrinhos, resenhas, receitas vegetarianas, humor, política, reflexão...E só posso desejar vida longa ao Karta Bomba Zino, e força ao editor, que nadando contra a maré dos tempos atuais mostra que nem todos aceitaram as "facilidades" do mundo virtual, e com muita garra fazem as coisas no velho e bom jeito tradicional !

kartabombazino@yahoo.com.br

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Bombardiers: Street Punk direto da França !


Quando se fala em Punk / Oi! francês, logo vem a mente espetaculares bandas como Komintern Sect, Camera Silens, Collabos, Reich Orgasm, Skinkorps, Kidnap, Snix, Trotskids e tantas outras da década de '80. A França naqueles tempo era um celeiro de ótimas bandas, que não devia nada para nenhuma cena de outros países europeus ! E qual é a conexão com o Bombardiers então ? Toda ! Essa jovem banda de Bordeaux, que está na estrada desde 2004, bebe direto na fonte dos seus compatriotas com muito talento, soando de forma precisa com os dias de glória da cena francesa ! Eles tem 2 discos lançados, "Bordeaux '83" e "Souviens-Toi..." que são perfeitos, totalmente old-school, feito com honestidade. No myspace deles tem algumas faixas, que vai dar uma idéia exata do que estou falando. Indicado para fãs das bandas citadas no começo do texto, e também para quem procura alternativas num momento pouco inspirador em que a cena Punk / Oi! mundial vive atualmente. Bombardiers hoje é a melhor alternativa ! Agora vamos esperar pra ver se rola uma entrevista com os caras...
www.myspace.com/bombardiers

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Show: CJ Ramone em São Paulo.


CJ Ramone
Dia 7 de julho – Outs

Para comemorar os 35 anos de Ramones, um show especial com CJ Ramone e convidados rolou no Outs, numa noite agradável em plena terça feira.
CJ entrou para os Ramones em 1989, substituindo o ídolo Dee Dee, tarefa dificílima! Mas em pouco tempo ganhou o respeito e confiança dos fãs, e ficou com os Ramones até a despedida dos palcos.

Para esse show o convidado de honra foi nada menos que Daniel Rey, figura importante nos Ramones, seja pela produção de alguns discos como “Halfway To Sanity” e “Adios Amigos” ou em várias parcerias nas composições da banda, além de ter produzido / tocado no disco solo de Joey Ramone.

Com o lugar completado lotado, uma grande expectativa pairava no ar, afinal muita gente não chegou a ver os Ramones ao vivo por aqui, nas passagens da banda nos anos ‘80 e ‘90. E como rolou numa terça, começo de semana, acabei não conseguindo chegar a tempo para ver as bandas de abertura, o Razorblades e Fox Hound.

CJ Ramone subiu ao palco com o jogo ganho, sendo saudado por todos presentes com entusiasmo, com a chance de ver um “Ramone” ao vivo finalmente!

E o show foi excelente! ”Blitzkieg Bop” abriu a noite, e daí pra frente só os maravilhosos clássicos da melhor banda de todos os tempos! ”I Wanna Be Sedated”, ”Shenna Is A Punk Rocker”, ”Pinhead”, ”Beat On The Brat”, ”Pet Sematary”, ”Commando”, ”Judy Is A Punk” agitaram a galera o tempo todo, que cantava todas as canções com CJ.

O interessante foi também á inclusão no set-list de canções que dificilmente os Ramones tocavam ao vivo, como as espetaculares “Its A Long Way Back To Germany”, ”Sittin In My Room” e “Im Against It”. Outros pontos altos foram “Endless Vacation” e “Wart Hog”, cantadas por Dee Dee nos discos, e que CJ mandou muito bem. O hit aqui no Brasil “Poison Heart” foi cantada por Daniel Rey (que compôs a música com Dee Dee).“Strenght To Endure” e “R.A.M.O.N.E.S”, canção que o Motorhead fez para os Ramones, deixou os fãs emocionados!

Uma homenagem digna para essa grande banda, que a cada dia aumenta sua legião de fãs em todo mundo, mostrando que sua música é atemporal, que nunca vai soar datada, pelo contrário, sempre forte e atual, e continuando a influenciar bandas e garotos/as de todas as partes com suas canções perfeitas e eternas! Hey Ho! Lets Go!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Show: Slim Jim Phantom em São Paulo.


Review / show: Slim Jim Phantom + Blitzkid + Bad Luck Gamblers
Clash Club 04 de julho 2009

Depois de exatamente 19 anos ( ele se apresentou com o Stray Cats em 1990 aqui ), Slim Jim Phantom retorna ao Brasil, e dessa vez para uma série de shows em carreira solo. Obviamente uma grande expectativa se criou antes das apresentações, junto com as incertezas, afinal Slim Jim nunca cantou uma só canção no Stray Cats em toda a carreira da banda. Á abertura do show ficou por conta dos paulistanos Bad Luck Gamblers, tocando para uma casa vazia ainda. Logo em seguida é a vez dos americanos Blitzkid mostrar seu “horror punk“ influenciado por Misfits década de ’90. Com Dr.Chud ( ex-Misfits ) na bateria, seu som agradou uma parte do publico que estava ali claramente para ver eles, assim como fez torcer narizes de muitos presentes também.

Finalmente SJP sobe ao palco, e a pista, que até essa hora parecia contar com um público bem razoável tem boa parte de seus espaços ocupados. Slim Jim veio acompanhado por Jimmy Rip na guitarra / vocal e por Nixx no baixo acústico. Carismático, Slim interage bem com a galera, tentando criar um clima “intimista“ para o show. Só que a coisa não andou tão bem assim, por mais que banda se esforça-se, o show foi um tanto burocrático. Clássicos do Stray Cats, cantadas por Slim Jim como “Runaway Boys“, “Rumble In Brighton“, “Rock This Town“ e “ Sexy and 17 “ ficaram apenas razoáveis.

É claro que é uma tarefa ingrata tocar essas canções, já que a figura do Brian Setzer é logo sentida graças ao enorme carisma do eterno vocalista do Stray Cats! Rolaram também muitos covers dos anos ’50, de artistas como Carl Perkins, Chuck Berry, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Bo Diddley, a maioria cantadas pelo guitarrista Jimmy Rip. É claro que tinha gente que estava dançando, outros visivelmente emocionados pela presença de uma lenda do Rockabilly moderno. Mas a sensação no final é que poderia ter sido bem melhor.

E quem sabe numa próxima o baixista do Stray Cats, Lee Rocker, não venha para se apresentar aqui, já que seus discos solos são excelentes. Ou, melhor ainda, o Stray Cats venha, aproveitando que a banda está fazendo shows pelo mundo nos últimos anos!

domingo, 5 de julho de 2009

Entrevista: Slim Jim Phantom !


Entrevistar o Slim Jim Phantom foi uma das minhas maiores realizações como zineiro, achei que nunca seria possível entrevistar alguém do Stray Cats um dia ! Stray Cats é uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, e até hoje continua sendo um dos melhores shows que já ví na vida ! Queria agradecer ao Dario, do ValePunk.com pelos contatos. E para a Jaci, pela ajuda na tradução da entrevista !

1- Você esteve no Brasil em 1990 com o Stray Cats. Quais lembranças tem daqueles shows e sua passagem por aqui ?

Me lembro de ótimos shows e uma festa bem divertida após um deles.

2 - O Stray Cats está em tour novamente pelo mundo. Quando decidiram voltar, depois de tanto tempo separados?

Participamos do Hootennany há alguns anos atrás, foi tão bom que decidimos sair em turnê. Desde então, tocamos na Europa no ano passado, tocamos com The Pretenders e ZZ Top em 2007 nos Estados Unidos e acabamos de voltar da Austrália. Temos tido sucesso, e acredito que haverá mais. Sempre amamos música e a banda. É uma questão de organização da nossa agenda lotada.

3 - Todos os integrantes estão em bem sucedidas carreiras solo. Mas o Stray Cats continuam sendo importante em suas vidas...

O Stray Cats é uma parte muito importante de nossas vidas. Nós crescemos e tivemos experiências muito significativas juntos, então, a banda tem um papel muito importante na vida de todos. Estar envolvido com uns caras por mais de 40 anos cria um laço especial.

4 - E seus projetos solos? Como vai o Swing Cats, 13 Cats, Head Cats, Dead Man Walking? E tocar com músicos tão diferentes? Tem alguém ainda com quem gostaria de realizar algo?

O Swing Cats foi praticamente Danny B Harvey e eu tocando com mais alguns amigos, gravamos uns discos bem legais. O 13 Cats teve um bom momento em Los Angeles e fomos tocar no Japão. Head Cat tem Danny e meu querido amigo Lemmy, eu o conheço desde a primeira vez que fomos para Londres em 1980. Estávamos gravando uma música para um tributo ao Elvis e eu o convidei para participar junto com meu outro amigo Johnny Ramone. Lemmy, Danny e eu queríamos continuar tocando e duas semanas depois tínhamos um disco gravado e saímos tocando onde pudemos. Ele é o cara mais Rock and Roll que eu já conheci. Dead Men Walking mudou o nome para Forgotten Saints onde, mais uma vez, tudo começa com a grande amizade de Mike Peters do The Alarm. Tem também Captain Sensible (The Damned), que dispensa apresentações. Nós lançaremos um álbum este ano, que será acompanhado por uma turnê, onde esperamos poder ir ao Brasil. Quanto a tocar com alguém, eu sempre quis tocar com Bob Dylan.

5 – Nos anos ‘80 o Stray Cats se tornou popular em todo mundo. Como foi sair dos pequenos clubes para a grande mídia, gravadora, público, shows... Enfim, se tornarem uma banda “Pop”?

Todo músico quer ter sucesso, gravar discos com grandes Hits, tocar em lugares maiores e ter sua música ouvida pelo maior número possível de pessoas. Ninguém entra nesse negócio só para tocar em pequenos clubes. Quando o Stray Cats se tornou popular, nós tínhamos a mesma atitude que rolava nos clubes de Nova Iorque. Nós não mudamos muito, nós criamos algo novo em termos de público. Essa cena Rockabilly não existia antes do primeiro disco do Stray Cats.

6 – O revival do Rockabilly não se limitou a Inglaterra nem aos U.S.A, mas se tornou popular em todo o mundo. Vocês têm uma canção chamada “Rockabilly World”, ela resume todo esse fenômeno?

O Stray Cats trouxe o Rockabilly para o mundo, a primeira banda desde a década de 50 a ter Hits gravados com a proposta do contrabaixo “slap”, e tenho muito orgulho desse fato. Ajudamos a manter esse gênero de música vivo para outras gerações de músicos e fãs. Espero que jovens bandas de agora prossigam com ele.

7 – E as bandas que apareceram na mesma época de vocês como os Polecats, Blasters, Rockats, Robert Gordon, Restless... Que acha delas?

Eu gosto de todas essas bandas. Tenho um novo projeto com Robert Gordon, Chris Spedding e Glen Matlock (Sex Pistols), outro grande amigo. Tocaremos pelos Estados Unidos em agosto.

8 – Influenciado pelo Punk e pelo Rockabilly surgi o Psychobilly na Inglaterra e bandas como The Meteors, Guana Batz, Demented Are Go, Quakes e muitas outras. Gosta deste estilo de som? Acha que ele trouxe uma nova energia ao Rockabilly tradicional?

Sim, acho que o Psychobilly tem uma energia boa, o surgimento de uma nova tendência é sempre legal. Eu conheço Pip e Johnny do Guana Batz, ótimas pessoas.

9 – Foi lançado recentemente um tributo ao Stray Cats, chamado “Go Cat Go! “. Você ouviu? Gostou de alguma versão?

Não conheço esse tributo, é bom? Onde está o cheque com a minha soma dos direitos autorais?

10 – Quais são os músicos que vão acompanhar você no show do Brasil? E os rockers brasileiros podem esperar canções dos Stray Cats no set-list?

Jimmy Rip na guitarra e Nixx, de Buenos Aires, no baixo. Tocaremos algumas músicas do Stray Cats, e eu vou cantá-las, um novo deleite para os fãs.

O que você anda ouvindo no momento ? Com Rodrigo do Dead Fish.


Perguntei para o Rodrigo, do Dead Fish, o que ele anda ouvindo ultimamente. E aqui vai o resultado :

AC/DC - " Powerage "
Dead Rocks - " One Million Dollar Surf Band "
Roberto Carlos - " Em Ritimo De Aventura "
Propagandhi - " Supporting Case "
Bob Mould - " District Line "
Bob Dylan - " The Freewheelin "
Zumbis Do Espaço - " Destructus Maximus "
Discarga - " Happy Night Eletric Experience "
TV On The Radio - " Dear Science "
Porrada - " The Avalanche "

Crazy Legs " Green Man From Mars " Cd / resenha.


Novo álbum da veterana banda paulistana de Neo-Rockabilly Crazy Legs. E desde já posso adiantar que fizeram um excelente trabalho ! Bom disco, do começo ao fim mantém o nível em ótimas canções, que vão desde rockabillies nervosos, baladas e country music. Em algumas faixas o piano e sax deram um charme a mais. Gostei realmente do " Green Man From Mars "; especialmente " On The Deahrow " e seu clima a la J.Cash, " Backseat Queen " e " Last Night ". " Hooker Life " tem uma levada mais sinistra e cadênciada, muito boa ! " Can't Stop Dreaming About You ", a faixa título do disco e " Your Stride ", que encerra o álbum, são outros destaques. A gravação é muito boa também, junto com a arte gráfica e a bela " modelo " escolhida para as fotos. Uma edição em vinil seria perfeito, dando maior destaque ainda a todos esses aspectos ! Um disco que vai agradar todos os Rockabillies, e também de quem gosta apenas de um bom Rock'n'Roll !
contatos: www.badhabitsrecords.com

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Slim Jim Phantom no Brasil !


Slim Jim volta ao Brasil, desta vez em carreira solo. Ele esteve aqui em 1990 com os Stray Cats, numa série de shows inesquecíveis. Agora, mesmo com a volta dos Stray Cats, mas apenas para pequenas tours, Slim Jim segue com sua carreira, e sempre variando os músicos que acompanham ele nos palcos e discos. Dia 04 ele se apresenta em São Paulo, no Clash Club, e a espectativa dos fãs é grande, já que muitos nunca tiveram a chance de ver os Stray Cats ao vivo. Também vão rolar apresentações em Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro. Ah, e uma entevista exclusiva com ele logo vai estar aqui no Alternar, que ficou ótima por sinal ! E é claro vou estar no show, com uma resenha especial para o zine. Go Cat Go !

Days Are Nights : Cd / resenha.


Este é o segundo cd da banda paulistana Days Are Nights, um lançamento do selo independente 80's Records. DAN é uma nova banda do renovado cenário Dark Wave, ao lado de nomes como Plastique Noir, Modus Operandi, Escarlatina Obssesiva,etc,uma nova aposta no nosso underground.Tente imaginar o som como algo de Dark Wave e os melhores momentos ( com teclados ) do Legião Urbana.O quase " one man band" Denis cuida dos teclados, programação, guitarra, baixo e vocais. E completam o line-up ainda Bruno na guitarra / gaita e Cledson na programação e backing vocals. As faixas " Diamante Valioso " e " Ninive " tocariam tranquilamente numa boa rádio rock, se existísse uma. Na letra de " Diamante Valioso " vem o título do álbum " Eu te vejo dormir enquanto o tempo nos mata ", e no final do primeiro verso temos a frase: " todo mundo sofre e sente a dor da morte / e isso me assusta ". Vai contra os protocolos dos " adoradores da morte ", interessante. Tanto a capa ( que é muito bela por sinal ) quanto o encarte estão muito bem sacados, e com certeza vamos ouvir falar muito do Days Are Nights !
contatos:www.80srecords.com

Resenha por: Renato Andrade / Loja Combat Rock