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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Entrevista: Veneno Lento




Veneno Lento é a mais nova promessa do Punk Rock paulistano. A banda é formada por músicos veteranos do nosso underground, e que montaram o V.L pra fazer um som um pouco diferente de suas outras bandas, com uma proposta direta e honesta. Pancho, vocal/guitarra, fala um pouco aqui sobre a banda, seu começo/motivações, influências, primeira demo que acabou de sair e planos futuros!


Veneno Lento/entrevista:

Márcio: Fala Pancho! Sei que a banda é relativamente nova, então poderia fazer uma breve apresentação do Veneno Lento?

Pancho: Fala Marcio!... valeu pelo convite...
O Veneno Lento surgiu no começo desse ano (2011) em São Paulo, acho que janeiro, veio da constante vontade que a gente tinha de tocar punk rock sendo que nossas outras bandas sempre foram de hardcore/crust/old school/thrash enfim...
Ai desse meio caótico eu falei com o Diogo que também tinha essa idéia e chamei o Gregório e o Pato, e fluiu muito bem porque além do gosto musical somos amigos e isso acabou meio que sendo algo novo para todos nós.
E formação é:

Diogo – bateria
Gregório – baixo e b-vocal
Pancho – guitarra e voz
Pato – guitarra e b-vocal



M: E as inspirações musicais ?

P: Então, as influências musicais são muitas, praticamente toda leva de rock punk ‘70 que rolou no mundo nós gostamos, mas vou ressaltar aqui as bandas que mais influenciou a gente para fazer um som.

Rose Tattoo
Sham 69
Blitz
Slaughter and the dogs
Chaos en France (coletanea)
Inocentes
Dose Brutal
Fogo Cruzado



M: Quais tópicos costumam abordar nas letras ?

P: Cara...as letras falam muito do cotidiano que levamos, aquela coisa de trabalhar mais de 8 horas por dia, perder mais 4 dentro do ônibus e ai você tem que se virar com o que sobra pra ser feliz e sobreviver, mas fala também do que rola na rua, no underground...

M: E o som? Pode ser definido como Street Punk ?

P: Pow, street punk me vem na cabeça aqueles caras de cabelo muito colorido, cinto de rebite e suspensório com calça xadrez, uehueh. Acho que eu prefiro punk rock apenas.

M: Vocês lançaram recentemente um cd-demo, e que é excelente por sinal ! Falem a respeito, quando gravaram, quais canções foram escolhidas...

P: Foi uma demo gravada em jan/fev, foi tudo bem simples e prático, nós tínhamos 6 sons e fomos no estúdio do Sandro ( Estúdio Quadrophenia ) e gravamos, queríamos um lance bem orgânico ( não sei se tá certo falar isso) não queríamos essas gravações ultra produzidas com guitarras dobradas milhões de vezes, queríamos algo que soasse meio que igual as bandas que gostamos, e o resultado foi bem legal, muito melhor do esperávamos, gastamos muito pouco e tivemos uma atênção legal do Sandro e do nosso amigo Pedro que emprestou o amplificador.

M: Sou um grande fã da cena Oi!/Punk francesa dos anos ’80, e achei muito foda a versão que fizeram do grande Camera Silens ! Alguma razão especial pra escolherem esse música ?

P: Foi o lance de fã também, gostamos muito do Camera Silens, eu acho a cena da França muito foda, piro em quase todas as bandas do “Chaos En France” ( ed: lendária compilação lançada na década de ’80 na França ) como Kambrones, Reich Orgasm, Komitern Sect, Snix, gosto muito do Little Bob Story também, meu sonho era ter saído no Chaos En France com o Veneno Lento, hehe.

M: O nome da banda foi tirado de uma canção do Dose Brutal, certo ? Eles nunca tiveram a devida, e merecida, atenção aqui no Brasil por parte da cena punk/oi!, concordam ?

P: Isso mesmo, o nome veio dessa música e encaixou perfeitamente com a banda, letras e tal... viver nessa cidade é um veneno lento. Sobre o Dose Brutal, acho que foi uma grande banda que não teve sorte como tiveram os Inocentes, Garotos Podres e etc, os caras tocavam muito bem tinham muita noção do rolava lá fora, se eles tivessem gravado o “Vadia” (segundo álbum) no mesmo estúdio que o Inocentes gravou o “Adeus Carne”, provavelmente o nome deles seria uma referência quando se falasse em brazilian punk rock.

M: Falando em Brasil, que bandas vocês curtem do nosso atual cenário ?

P: Vou falar as que estou ouvindo nessa última semana:

The Squintz
Nuclear Frost
Modulares
Final Round


M: Sei que a maioria dos integrantes do V.L tem outras bandas também. Poderiam citar elas, e quem toca também ?

P: Eu toco no Busscops e no In Your Face, o Gregório toca no Busscops comigo, o Pato toca no Speed Kills e o Diogo toca no Positive Youth.

M: Acredito que a banda tem um grande potencial para ter um disco lançado em breve. Existe algum plano a respeito ?

P: A principio era só uma demo e fazer um punk rock em qualquer beco que liberasse um espaço, mas acabou surgindo um esquema do nosso amigo Mateus (nada-nada discos) em fazer um 7ep.

M: Então em breve vamos ouvir o V.L no vinil ?

P: Se tudo der certo na primeira semana de junho estamos com o epzinho na mão

M: Para quem quiser uma cópia da demo, o que é preciso fazer ?

P: Quem quiser a demo manda um e-mail p/ gente: venenolentopunx@gmail.com
Ou se quiser tem ela no esquema virtual:

4shared: http://www.4shared.com/file/jCIaitqQ/veneno_lento_demo_-_2011.html

E também está diponível em nosso myspace:
www.myspace.com/lentoveneno


M: Bom, é isso, obrigado pela entrevista! Deixe os contatos da banda para a galera falar com vocês. E se quiserem acrescentar algo mais...

P: Queria agradecer pelo apoio e incentivo que você dá! Acredito que não só para a gente mais para todo mundo que quer fazer um som, creio que as palavras de apoio sua são sempre essenciais, e por todos os plays, zines, livros e trambiques você me descolou durante esses anos de amizade ( ed: Pancho, falta agora só uma treta com o seu play do Meteors ,hehe ). Para a geral queria falar para vocês apoiarem mais a sua cena local, ir em shows, apoiar o underground, se você gosta da trilha sonora dos rockeiros de rua você tem que apoiar para que isso não acabe!

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